O ano de 2023 será empolgante para aqueles que gostam de observar o céu. E mesmo quem não tem telescópios ou binóculos poderá curtir muitos dos fenômenos celestes previstos para este ano. Planetas em conjunção, em oposição, chuvas de meteoros, aparição de um cometa e, até mesmo, eclipses, deverão marcar todos os meses do calendário astronômico de 2023.
Um dos eventos mais esperados do ano, segundo o astrônomo coordenador de extensão do Observatório do Valongo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e sócio da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), Daniel Mello, é o eclipse solar anular, previsto para outubro.
O “C/2022 E3 (ZTF)” foi descoberto em março de 2022 pelo programa “Zwicky Transient Facility” (ZTF), que opera o telescópio Samuel-Oschin no Observatório Palomar, na Califórnia. A última vez que o objeto visitou o interior do sistema solar e passou perto da Terra há 50 mil anos. Ele foi detectado novamente no caminho da órbita de Júpiter e passará esta semana perto do Sol. O pequeno corpo rochoso e gelado tem o diâmetro de apenas um quilômetro. Os astrônomos, que calcularam sua trajetória após meses de observação, apontaram que ele atingirá seu periélio – o ponto mais próximo ao Sol – no dia 12 de janeiro. O melhor período de observação será o fim de semana de 21 e 22 de janeiro e a semana seguinte. Durante esse período ele passará entre as constelações da Ursa Menor e da Ursa Maior. Mais tarde, poderá ser visto no Hemisfério Sul para então partir para os limites do sistema solar, onde provavelmente nasceu.
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Segundo os modelos atuais, os cometas vêm ou do cinturão de Kuiper, localizado para além da órbita de Netuno, ou da nuvem de Oort, uma imensa área localizada a quase um ano-luz do Sol, no limite de seu campo gravitacional. Este cometa “vem inicialmente da nuvem de Oort”, de acordo com Biver ao considerar sua órbita. Desta vez, ele provavelmente “sairá do sistema solar de uma vez por todas”, diz Biver. Os preparativos para contemplá-lo estarão concluídos e os cientistas esperam aprender um pouco mais sobre a composição dos cometas, em especial graças ao poderoso Telescópio Espacial James Webb. “Iremos observar por todos os lados. Não é o cometa do século, mas estamos felizes em poder assistir cometas como este a cada um ou dois anos, pois os consideramos vestígios da formação do sistema solar”, explica o astrofísico.
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Com informações também da Jovem Pan
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