Escolhido o mascote da COP 30, em Belém do Pará : é o curupira

Já foi escolhido o mascote da Conferência do Clima (COP 30), a ser realizada em Belém (PA) em novembro deste ano. Será o curupira, um ser mítico do folclore brasileiro que protege as florestas de quem derruba as árvores, fazendo com que a pessoa se perca na floresta.

O desenho oficial do mascote ainda deve ser encomendado, e não há uma data prevista para que seja divulgado. Veja abaixo uma ilustração do personagem, feita em 2021 pela Rede Amazônica:

Celso Costa/Rede Amazônica

Segundo a lenda, o curupira consegue enganar quem tenta capturá-lo porque tem os pés virados, com os calcanhares para frente. O mito tem origem nas crenças dos povos indígenas da região Norte.

A ideia é usar o mascote para divulgar o evento internacionalmente e para fazer o material do governo para a própria conferência.

Análise Histórica 

Para o historiador Diego Pereira, “Na sua origem, o nome curupira tem a ver exatamente com duas partes, um vocábulo de origem tupi-guarani e que tem duas traduções, o corpo coberto de pústulas, ou como é mais comum, o ‘curu’, representando a ideia de uma contração da expressão ‘curumim’, que quer dizer criança, e ‘pira’, que quer dizer corpo, ou seja, ‘corpo de criança’”.

Ele também aponta que a primeira grande referência ao Curupira surgiu na obra de José de Anchieta, em meados do século 16, citada por Câmara Cascudo, um grande divulgador dessa figura mítica. “Nessa projeção que ele faz, ele infere ao Curupira como se fosse um demônio, que acomete os índios nas matas, os açoita, machuca e os mata. Pra se evitar que isso aconteça, se coloca no caminho que eles andavam penas de aves, abanadores, flechas, como se fosse uma espécie de oferenda a essa personagem.”

Pereira explica ainda que, embora o Curupira seja mais comumente associado à Amazônia, o personagem possui outras formas de ser indicado na América do Sul. “O nome Curupira tem outras formas de ser indicado na América do Sul, então não é uma lógica geográfica apenas do Brasil. Num primeiro momento, não há a determinação do lugar onde o Curupira é natural, ao longo do tempo foi sendo dito que seria na Amazônia, onde protege os animais, as fêmeas prenhas, penalizando predadores, etc. É um personagem que não fala, apenas emite vocábulos através de gritos. Essas características fazem com que esse personagem represente muito bem essa proteção às matas e aos povos da floresta”.

Fonte: G1 e O Liberal

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