“Mural abstrato com fundo preenchido por listras horizontais de diferentes larguras em tons que vão do cinza escuro na parte inferior até cinza muito claro na parte superior. Sobre este fundo está um padrão geométrico multicolorido em zigue-zague com ângulos fechados remetendo a um raio. Quando a estrutura geométrica se sobrepõe com as listras horizontais, sofre a interferência dos tons de cinza mudando as tonalidades das cores aplicadas. Na base os tons são de um azul-escuro passando ao claro, verde, bege, amarelo, laranja, vermelho-escuro, rosa, roxo e preto”.
Site do evento/Reprodução |
É com este relato, feito pela audiodescritora Milene Eich, que pessoas com deficiência visual puderam apreciar, neste sábado (15), a obra “Estrutura Cromática #001”, de Bruno Schilling localizada na rua Caldas Júnior, no Centro Histórico de Porto Alegre, e que faz parte do Festival Olhe Pra Cima. Além da audiodescrição, o passeio promovido pela organização do festival e pela Linha Turismo também proporcionou a democratização da arte através da tradução em Libras para pessoas com deficiência auditiva.
“É com esse detalhamento da obra que eles vão conseguir, dentro do repertório imagético do que eles conhecem, construir a imagem do que está lá na parede”, completou a audiodescritora. Para Vinícius Amorim, curador e idealizador do festival, promover este tipo de ação torna democrático o acesso aos painéis e pinturas que estão espalhadas pela Capital.
“Desde a criação do festival, nossa ideia sempre foi democratizar o acesso. E, por muito tempo, não nos demos conta de que não estávamos tão democráticos assim. Com essa edição, conseguimos isso. Estamos muito felizes por poder implementar isso. Foi justamente ao incluir todo mundo que a gente consegue ter um pouco mais de verdade no nosso discurso sobre ter, de fato, uma galeria de arte a céu aberto e democrática para todos”, destacou.
A atividade foi realizada em um ônibus da Linha Turismo, com saída da Casa de Cultura Mario Quintana e término no Armazém B3 do Cais do Porto. O roteiro e as descrições feitas no passeio tiveram a consultoria da professora Bruna Schatschneider, que é deficiente visual.
Ela conta que, a partir da visão de Milena, pôde construir uma imagem do que foi descrito e orientar com adequações sobre a melhor maneira que o público com deficiência visual entenderá a descrição. “A acessibilidade de uma forma geral é muito recente e a gente precisa, cada vez mais, que todos os espaços culturais sejam acessíveis, para que o público com deficiência possa alcançar a cultura. Esse passeio permite nos aproximarmos da nossa cidade e contemplar as obras”, finalizou.
Fonte: Correio do Povo
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