Gravataí completa um ano sem feminicídios e vira referência após onda de casos no RS

A recente onda de feminicídios no Rio Grande do Sul não atingiu Gravataí, na Região Metropolitana. De acordo com informações da Secretaria da Segurança Pública (SSP), a cidade permanece sem ocorrências do tipo desde abril do ano passado.

O fato chama atenção e distingue o município como referência na proteção às mulheres em solo gaúcho, principalmente após o feriadão de Páscoa e Tiradentes, quando 10 mulheres foram mortas em apenas cinco dias ao longo do Estado. Seis dos crimes ocorreram em menos de 24 horas, na Sexta-feira Santa.

BM/Divulgação


Para o comandante do 17º BPM, tenente-coronel Vinicios Ayres, o bom desempenho do indicador em Gravataí é fruto do trabalho conjunto entre as forças de segurança e poder público. O esforço une militares da corporação, agentes da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), Judiciário, Ministério Público e Executivo Municipal.

"Há uma rede de proteção às mulheres muito bem estruturada em Gravataí. As ações somam prefeitura, Patrulha Maria da Penha da BM e Deam, da Polícia Civil, além de uma promotoria atuante e um juizado ágil e efetivo. O resultado positivo é mérito de todos”, destaca o tenente-coronel Ayres.

Ainda na avaliação do oficial, mesmo após um ano sem feminicídios, resta o desafio de reduzir índices de violência doméstica. Vinicios Ayres reconhece que a média de notificações é alta, mas pondera que o elevado número de denúncias também representa um maior engajamento da população contra agressores.

"A violência doméstica é um crime de difícil prevenção, já que acontece no interior do lar e, por isso, as vezes não é percebida por observadores externos. Também existe o agravante que, devido ao medo, são poucas as vítimas que fazem denúncias. Porém, noto que muitos dos chamados são feitos por vizinhos e parentes, ou seja, há cada vez mais pessoas aptas a denunciar, o que auxilia nosso trabalho. Dito isso, mesmo com o volume das ocorrências, Gravataí pode comemorar, sim, o período sem feminicídios”, afirma o comandante do 17º BPM.

O prefeito Luiz Zaffalon enfatiza que as ações da Secretaria Municipal da Mulher e Direitos Humanos (SMDH), Casa Lilás e da Secretaria Municipal de Assuntos para Segurança Pública (Smasp) oferecem suporte, amparo e acolhimento para vítimas de violência doméstica. Isso, diz o mandatário, também é responsável pela redução dos números de casos fatais.

"O crime de feminicídio é uma chaga terrível que atinge a mulher e destrói a vida dos filhos e da família da vítima. Em Gravataí, estamos enfrentando esse problema com um olhar global e políticas públicas horizontais, envolvendo diferentes áreas da administração municipal e órgãos estaduais. Precisamos trabalhar juntos, porque no final das contas o objetivo é o mesmo, prevenir a violência contra a mulher", pontua Zaffalon.

Fonte: Correio do Povo

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