Conheça o novo sistema que permite acompanhar e prever cheias na bacia do Guaíba

Diante do risco de chuva cada vez mais intensa, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) expandiu a área que conta com sistema de previsão e alerta de cheias no Rio Grande do Sul e está aumentando o número de estações de monitoramento do nível dos rios. Também será incorporado um novo modelo de previsão, que leva em conta estimativas meteorológicas e permitirá prever possíveis enchentes com mais antecedência.

Reprodução

O SGB lançou o Sistema de Alerta Hidrológico (SAH) da bacia hidrográfica do Guaíba, que acompanha a variação das cotas fluviais em tempo real em uma área equivalente a 30% do Estado e divulga previsões sobre eventuais cheias pela internet.

A ferramenta tornou a bacia do Guaíba uma das 18 regiões do país que fazem parte do Sistema de Alerta de Cheias (Sace) do SGB, unificando informações sobre áreas como os vales do Taquari e do Caí, que já eram monitoradas, e acrescentando informações sobre áreas até então desatendidas.

É um conjunto de mapas que traz a distribuição dos rios e, nos pontos de monitoramento, apresenta a cota de cada um em tempo real — utilizando um sistema de cores que varia do verde, para um cenário de normalidade, por exemplo, até o roxo para casos de "inundação extrema". Quando há risco, são emitidos boletins periódicos com previsão do provável comportamento dos cursos d'água. Eles podem ser consultados online pela população na página do SGB na internet.

O sistema do Guaíba, que inclui um ponto de medição na Usina do Gasômetro, deveria ser lançado apenas nas próximas semanas, mas foi antecipado para já atender a população durante o mais recente período de chuva, no final de junho.

— A Casa Civil da Presidência havia demandado, ainda no ano passado, que apresentássemos projetos para melhorar a segurança em relação a eventos extremos no Rio Grande do Sul. Uma das proposições era lançar o sistema de alerta hidrológico do Guaíba, porque é uma bacia que abrange 30% do Estado e inclui a elaboração de previsões para Porto Alegre por meio de uma parceria com o Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) — afirma o chefe da Divisão de Hidrologia Aplicada do SGB, Emanuel Duarte.

Como resultado de investimentos que totalizam cerca de R$ 4,5 milhões, o número de municípios que contavam com previsões já aumentou de seis cidades, localizadas nas bacias do Caí e do Taquari (agora também contempladas na bacia mais ampla do Guaíba), para 17 — incluindo Porto Alegre. Além disso, a quantidade de estações de monitoramento com transmissão de dados em tempo real cresceu de 27 para 33 até o momento, e outras cinco ainda devem ser implantadas, totalizando 11 novos pontos de medição online. A verba também serviu para recuperar danos à rede de observação ocorridos na enchente de 2024.

Além das previsões para a Capital, já disponíveis por meio da parceria com o IPH, ainda serão atendidos mais municípios nas bacias dos rios Jacuí, dos Sinos e Gravataí. Isso inclui cidades como Rio Pardo, Cachoeira do Sul e Triunfo, entre outras. Estações já existentes em Porto Alegre, mas sem transmissão de informações em tempo real, também deverão ser informatizadas.

Duarte afirma que as melhorias envolvem, ainda, aprimoramentos no modelo de previsão. Desde 2010, o SGB usa um método que garante maior precisão para dizer quanto os rios vão subir, mas com pouca antecedência.

— Analisamos o volume de quanto choveu e, a partir disso, projetamos como deve variar o nível dos rios. Isso permite previsões em um horizonte mais curto de tempo, de 10 horas, ou até 24 horas, variando de bacia para bacia, conforme o tempo de resposta de cada uma — esclarece o servidor do SGB.

Com o novo modelo, os boletins de alerta também vão levar em conta a previsão meteorológica, podendo antecipar possíveis enchentes com alguns dias de antecedência. Nesse caso, como a precisão tende a ser menor (em razão de possíveis variações na previsão do tempo), a ideia é divulgar os dois tipos de previsão — com base na precipitação registrada e na expectativa de quanto deve chover.

Como usar o sistema

  • Acessar a página do Sistema de Alerta de Cheias (Sace) do SGB na internet aqui.
  • Na coluna da direita, clicar no nome da bacia hidrográfica desejada (já está disponível a Bacia do Guaíba — como na imagem acima).
  • Será aberto um mapa daquela bacia, com pontos coloridos que indicam os níveis atuais de medição dos rios.
  • Ao clicar em um determinado ponto, é possível consultar um gráfico com a evolução do nível do rio em comparação aos patamares de atenção, alerta e inundação.
  • Na coluna da esquerda, também é possível clicar em "Boletins" para acompanhar as previsões sobre o nível dos rios em períodos chuvosos.

Fonte: GZH, veja o conteúdo completo clicando aqui


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