Devido ao esgotamento da saúde e do trânsito, Gramado (RS) suspende novos alvarás para hotéis e restaurantes

A Prefeitura de Gramado, na serra gaúcha, anunciou a suspensão, por seis meses, da concessão de novos alvarás para a construção e instalação de hotéis e restaurantes no município. A cidade é um dos principais destinos turísticos do país.

Entenda neste post a decisão e porque esta é uma boa notícia.

Ricardo Reginato/Prefeitura de Gramado

No caso dos restaurantes, a suspensão vale para estabelecimentos no centro da cidade. Já para os hotéis, a medida será aplicada para empreendimentos com mais de 20 apartamentos, em todo o perímetro.

"Isso se deve a uma paralisação momentânea para reestudar e olhar melhor os caminhos do crescimento da nossa cidade", afirmou o prefeito Nestor Tissot, em postagem nas redes sociais.

Segundo a administração, o crescimento no número de pedidos para abertura de novos estabelecimentos tem gerado impactos na infraestrutura da cidade, especialmente no trânsito e no abastecimento de água. A cidade é um polo de hospedagem e gastronomia. Veja os números abaixo.

Situação atual da hospedagem em Gramado

  • 216 estabelecimentos licenciados
  • 24 mil leitos
  • 33 projetos em tramitação
  • 13 empreendimentos em construção

Restaurantes em Gramado

  • 318 estabelecimento gastronômicos
  • 26 mil cadeiras

Por que esta é uma boa notícia?

Gramado há muito tempo enfrenta problemas de trânsito, saneamento, esgotamento do sistema de saúde e ainda foi detectada a queda da taxa de ocupação (de 56% a 45% em quatro anos). A administração municipal está refletindo sobre o tipo de turista que está recebendo na cidade e se o acolhimento continua sendo de qualidade. O pedido de suspensão dos alvarás foi feito pelo próprio setor de turismo da região.

A decisão corajosa de parar seis meses para estudar a situação e repensar as ações futuras é extremamente positivo. 

O presidente do Sindicato da Hotelaria e Restaurantes da Região das Hortênsias (SindTur Serra Gaúcha), Claudio Souza, esclarece que a medida inclui imóveis vendidos em cotas, chamados de multipropriedade. Há receio de uma "bolha" na cidade mais turística do Estado.  

— Até avançamos na questão da água, mas precisamos de saneamento e energia para este crescimento. Temos que discutir também a essência das Hortênsias, se o turista quer algo grande ou mais familiar. Não vai ter desemprego porque já falta mão de obra no que está em construção. As empresas poderiam transformar projetos de hotéis em moradia para quem trabalha aqui. Gramado precisa de um crescimento de forma ordenada e descentralizada — disse.  

Confira o comentário do editor Renato Martins a respeito deste tema.


Fonte: GZH, G1 e Redação AP



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