Reconhecimento facial nos estádios passa a ser obrigatório no retorno do Brasileirão 2025

Agora é oficial. Os estádios com capacidade de pelo menos 20 mil torcedores passam a ter necessidade de usar a tecnologia de reconhecimento facial para entrada do público em seus eventos. A lei geral do esporte, publicada em 14 de junho de 2023, deu o prazo de dois anos para a regularização das arenas à norma. Confira abaixo o artigo 148, que determinou a obrigatoriedade:

Art. 148. O controle e a fiscalização do acesso do público a arena esportiva com capacidade para mais de 20.000 (vinte mil) pessoas deverão contar com meio de monitoramento por imagem das catracas e com identificação biométrica dos espectadores, assim como deverá haver central técnica de informações, com infraestrutura suficiente para viabilizar o monitoramento por imagem do público presente e o cadastramento biométrico dos espectadores.

 Igor Cysneiros/Sport Club Recife



De maneira geral, todos os estádios já estão com todos ou quase todos os setores do estádio com catracas com o reconhecimento facial em operação. O principal objetivo da tecnologia é proporcionar mais segurança, atrair mais famílias e acabar com as fraudes nos ingressos de grandes eventos pelo país.

A paralisação do futebol na Série A durante a Copa do Mundo de Clubes ajudou algumas arenas a finalizarem a instalação da tecnologia do reconhecimento facial em suas catracas de controle de acesso. É o caso da Neo Química Arena, em São Paulo.

Uma das principais empresas de tecnologia do segmento no Brasil, a Imply é responsável pela implementação do reconhecimento facial em mais de 10 estádios no país. O ge conversou com Tironi Ortiz, CEO da empresa, para entender como funciona a tecnologia e saber quais os custos necessários para implantação do sistema.

O pacote completo com instalação de catracas, servidores e módulos leitores pode chegar a três milhões de reais em um estádio com porte de 40 mil pessoas. Esse valor varia de acordo com a estrutura da arena. Quando o local já dispõe de uma infraestrutura básica há uma redução do valor. O custo pode variar entre um milhão e três milhões de reais, dependendo da característica do equipamento adquirido.

- Depende muito do número de equipamentos, se já tem as catracas e a gente só vai fazer uma customização com o módulo leitor. Se não tem a catraca e vai querer a catraca com os módulos leitores vai ser outro valor. Se tem servidores já na estrutura dele, por exemplo, a gente usa também servidores espelhados para poder, por exemplo, falhou um servidor você vai colocar outro servidor que automaticamente entra em funcionamento. Os servidores também têm um custo significativo. Muitas vezes, o estádio já tem os servidores.

- Tem várias formas de comercialização do sistema. Tem estádios que preferem contratar pagando por acesso por pessoa, então pagam um valor fixo por acesso por pessoa. Tem outros estádios que preferem comprar o equipamento e depois só pagar prestação de serviço, por exemplo, do onboard do cadastro das faces. Então, depende de estádio para estádio, de cliente para cliente - explicou Tironi.

O CEO da Imply explicou que o sistema funciona com inteligência artificial com algoritmos que relacionam mais de 100 pontos na face de cada pessoa que entra no estádio. Segundo Tironi Ortiz, a empresa foi a primeira do segmento a se integrar com o sitema CORTEX, do Ministério da Justiça, para validar os dados de cada pessoa que ingressa nas arenas. Na etapa de onboarding, o usuário registra o rosto e envia um documento, cujos dados são extraídos via inteligência artificial. Essas informações são validadas em bases do governo para confirmar a correspondência entre rosto e documento, prevenindo fraudes.

- Hoje o nosso sistema Imply Eleven Tickets tem uma acuracidade de 99,9%. A gente é a única empresa do Brasil com a certificação ISO 27001, que é a segurança da informação. Todos os dados que a gente coleta são de propriedade do clube. O clube é detentor desses dados e utiliza esses dados para poder valer junto às forças de segurança de cada estado. Outra coisa bacana que a Imply desenvolveu, que a gente está colocando em todos os estádios, é integrar a nossa solução com o sistema de CFTV do estádio.

- Então, por exemplo, o Roberto entrou dentro do estádio, por exemplo, no Castelão. Agora, eu quero saber aonde que o Roberto está sentado dentro do estádio. Com o sistema de CFTV, eu te rastreio e digo, olha, você está no setor leste, na cadeira tal, na fila tal. Então, sei exatamente onde você está se tiver que fazer alguma intervenção. Isso traz mais segurança e isso foi a novidade que a gente tinha através da API nossa, a gente consegue integrar dentro do CFTV de cada estádio.

Fonte: GE e Redação AP




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