A Cinemateca da Casa de Cultura

Mudanças já aconteceram na Casa de Cultura Mario Quintana em Porto Alegre, que abriga três salas de cinema no centro da cidade - aliás, das poucas salas na região. Recentemente a jornalista Laís Chaffe, responsável pela assessoria de comunicação da cinemateca Paulo Amorim (que engloba a sala de mesmo nome e mais as salas Eduardo Hirtz e Norberto Lubisco), foi demitida da função. Mais do que uma simples assessora, Laís era uma divulgadora da casa, dos eventos, da necessidade de sobrevivência do espaço (que depende de verbas públicas, a Casa de Cultura é de administração estadual) e ajudava na programação, ao lado do diretor geral Luiz Pighini. Por problemas de orçamento ou não, a jornalista saiu e está fazendo suas oficinas na área de cinema. A programação das salas ficou na mão da Associação dos Amigos da Cinemateca, que sofreu no início do governo atual de Yeda Crusius até mesmo uma ameaça de fechamento dos três cinemas. Lembro do tempo em que tínhamos no centro da capital - e eu freqüentava - os cinemas Cacique, Scala, Victoria, Guarany e Imperial. Grandes salas de calçada e boas matinés inesquecíveis. Depois vieram as da Casa de Cultura, o Victoria se partiu em dois para sobreviver, o Shopping Rua da Praia fez duas salas sofríveis - que recentemente foram reformadas e melhoraram muito - e o resto fechou. Nos próximos dias, mais mudanças acontecerão. Fica difícil de opinar, pois sempre fui fã do trabalho da cinemateca desde o saudoso Romeu Grimaldi. O Pighini lutou para tentar manter o mesmo espírito de Grimaldi e venceu muitas adversidades. Sempre muito presente e integrado aos eventos do cinema gaúcho,é um verdadeiro batalhador. Mas o grupo cotado para assumir um novo trabalho também é profissional e muito competente, acho que pode renovar em muitas coisas e trazer mais segurança ao futuro destes três tesouros localizados no centro de Porto Alegre. Aguardem...e me cobrem!

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