A tímida cantora e pianista Norah Jones não faz feio na sua estréia no cinema, em Um Beijo Roubado, dirigido pelo Wong Kar-Wai, o mesmo do belíssimo Amor à Flor da Pele. Mais light e pop, o filme se passa em Nova Iorque e registra os momentos de infelicidade de uma morena (Norah) abandonada pelo namorado e o envolvimento dela com o dono do bar onde tudo ocorreu. Claro que ele é um inglês charmoso (Jude Law), também com histórias tristes do passado e a dor e a solidão acaba os unindo, além de uma boa torta com sorvete. Ou seja, o cinema oriental lacônico do cineasta já se despediu.
Um Beijo....é daqueles filme com cara de noite, madrugadas sem fim, onde não acontece muita coisa mas tudo é bem natural. As cenas são bem produzidas, a fotografia - como sempre nas obras de Kar-Wai - primorosa e as elipses são um ingrediente a mais. Funciona, sem grandes arroubos de genialidade. Mas é um longa funcional: pode ser visto sozinho, para se refletir sobre as coisas do amor. Pode ser visto a dois, melhor ainda. E pode não ser visto, pois não lhe fará falta. Mas assistí-lo não é sacrifício nem de longe, é um programa satisfatório. E vale ver Norah atuando, tímida como sempre.
Um Beijo....é daqueles filme com cara de noite, madrugadas sem fim, onde não acontece muita coisa mas tudo é bem natural. As cenas são bem produzidas, a fotografia - como sempre nas obras de Kar-Wai - primorosa e as elipses são um ingrediente a mais. Funciona, sem grandes arroubos de genialidade. Mas é um longa funcional: pode ser visto sozinho, para se refletir sobre as coisas do amor. Pode ser visto a dois, melhor ainda. E pode não ser visto, pois não lhe fará falta. Mas assistí-lo não é sacrifício nem de longe, é um programa satisfatório. E vale ver Norah atuando, tímida como sempre.
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