Os filés do Guion

O Guion Cinemas em Porto Alegre mantém uma árdua luta para concorrer com os cinemas comerciais. Para isso existem promoções muito boas de compras antecipadas de ingressos. E com programação qualificada e diferenciada, está oferecendo títulos interessantíssimos em pré-estreia neste fim-de-semana, confira:

"NÃO MINHA FILHA, VOCÊ NÃO IRÁ DANÇAR"
105MIN/14ANOS
PRÉ-ESTREIASEXTA/29, SÁBADO/30 e DOMINGO/31 – 21h50

Destacado cineasta francês, realizador de EM PARIS, CANÇÕES DE AMOR e A BELA JUNIE, todos lançados pelo Guion Center, CHISTOPHE HONORÉ vem se firmando como um cineasta importante e que sabe prospectar o que há de mais profundo na alma humana. Neste seu mais recente filme NÃO, MINHA FILHA, VOCÊ NÃO IRÁ DANÇAR, estrelado pela filha de Catherine Deneuve e Marcello Mastroianni, Chiara Mastroianni, que interpreta Lena, uma mãe que tenta dar conta de sua vida enquanto cuida dos dois filhos pequenos, após abandonar o marido e o emprego.

Título original: Non ma fille, tu n'iras pas danser
Genero: Drama
País de Produção: França
Diretor: Christophe Honoré
Roteiro: Geneviève Brisac, Christophe Honoré
Fotografia: Laurent Brunet
Trilha: Alex Beaupain
Elenco:Chiara Mastroianni, Marina Foïs, Marie-Christine Barrault, Louis Garrel
Sinopse:Após a separação de Nigel, Lena tenta seguir a vida com seus dois filhos, Anton e Augustine. Deixa Paris e segue para a Bretanha, interior da França. Ao chegar na casa que passou a sua infância, reencontra os pais, a irmã casada e acompanhada dos filhos, e o irmão irônico Gulven. Sua mãe, uma mulher autoritária, convida Nigel, ex-marido de Lena, na tentativa de reconciliar o casal. Lena, que foi para o campo tentar reconstruir sua vida, terá agora que lidar e enfrentar o controle de sua família.

"O QUE RESTA DO TEMPO"
109MIN/14ANOS
PRÉ-ESTREIASEXTA/29, SÁBADO/30 e DOMINGO/31 – 22h

Indicado à Palma de Ouro do Festival de Cannes em 2009, o destacado cineasta ELIA SULEIMAN realizou o belo INTERVENÇÃO DIVINA, lançado pelo Guion Center e neste filme enfoca quatro episódios auto-biográficos que marcaram a sua família desde 1948. Inspirado pelos diários de seu pai, combatente da resistência palestina, e pelas cartas de sua mãe aos familiares expatriados, ele reconstitui o cotidiano dos chamados "árabes-israelenses" a partir do momento em que escolheram permanecer em sua terra natal e passaram a viver como minoria. Memórias íntimas que se confundem com a história coletiva de um país em desaparecimento.

(THE TIME THAT REMAINS/ PALESTINA - FRANÇA/ 2009/ DRAMA/ 109MIN 14 ANOS)
Direção e Roteiro: ELIA SULEIMAN
Audio: HEBREU/ÁRABE
Diretor de Fotografia: MARC-ANDRÉ BATIGNE
Montagem: VÉRONIQUE LANGE
Edição de som: JONATHAN GOC
Direção de Arte: SAMUEL DESHORS
Música Original: ALEX BEAUPAIN
Efeitos Visuais: SERVADIO ADRIEN
Elenco:Melvil Poupaud, Jeanne Moreau, Valeria Bruni Tedeschi, Daniel Duval, Marie Rivière, Christian Sengewald, Louise-Anne Hippeau, Henri de Lorme, Walter Pagano, Violetta Sanchez

Sinopse:"O que resta do tempo" é um filme semi-biográfico, em quatro episódios, sobre uma família - a família do diretor Elia Suleiman - de 1948 até tempos recentes. O filme é inspirado nos diários particulares do seu pai, a partir de quando ele era um combatente da resistência em 1948, e das cartas da mãe de Suleiman que foram deixadas aos membros da família, que foram obrigados a deixar o país desde aquela época. Combinada com as memórias íntimas do diretor e a de seus pais, o filme tenta retratar a vida diária dos palestinos que permaneceram e foram marcados como "árabes israelenses ', a viver como uma minoria em sua própria terra.

O que se comenta :Abusado, sem dúvida, o cineasta, mas é com uma comédia irreverente como esta que ele consegue tocar no mais sério dos assuntos: a angústia por preservar a cultura do seu povo em tempos de pasteurização e em ambiente hostil.Felizmente, o lacônico sarcasmo de Suleiman continua o mesmo. A julgar por Intervenção Divina (2002, o longa-metragem anterior do cineasta palestino Elia Suleiman, poderíamos esperar de O que Resta do Tempo o mesmo cinema de simbolismos, com toques de comédia à Jacques Tati e muitas muitas referências à cultura de massa ocidental.

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