Está encerrando o Circuito Cultura Independente

Continuo informando tudo sobre o Circuito Cultura Independente EBTK que o nosso amigo Mário Pertile, um dos editores do Cena de Cinema organizou, e está sendo o maior sucesso no auditório da Livraria Cultura, em Porto Alegre. Ele manda detalhes da quarta noite do evento, que deu lugar ao famigerado Rock Gaúcho, nomenclatura que esteve em voga nas décadas passadas e ajudou o rock feito no sul do país a ser difundido no eixo Rio / São Paulo. Segundo o Mário, "atualmente, falar de "rock gaúcho" é um tanto quanto complicado, pois existem todos os tipos de rock possíveis e imagináveis rolando por aqui e esta categorização acaba gerando um rótulo que não se enquadra mais na pulverização de estilos e influências das bandas gaúchas. Rock é rock, e ponto". Segue o material do Circuito, mas veja mais abaixo detalhes da última noite que ainda dá para proveitar e conferir:

Porém, quando vemos no palco uma banda resgatando as origens que transformaram o rock de uma região em um estilo próprio, renovando o guarda-roupa sonoro e trazendo-o para a contemporaneidade dos tempos engruvinhados de informações frenéticas e constantes, mp3, streaming e o diabo a quatro tecnológico, podemos afirmar, sem medo de sermos oferecedores de rótulos: isso é rock gaúcho!

Com as guitarras levemente distorcidas de Fabinho e Cristiano, um ritmo dançante de balançar a cabeça e bater o pezinho e letras que falam do amor cotidiano, da vida e de coisas normais que acontecem na vida de pessoas que tem sentimentos (ou das que não os têm), de forma simples e única, a Juana Blue fisgou o passado do rock feito nos pampas e o apresentou ao público que esteve presente no auditório da Livraria Cultura no último dia 06.

Encabeçada por Di Mesquita, seu paletó e seu baixo na linha da cintura, a Juana Blue trouxe toda a experiência de sua trajetória que começou em meados da década de 90, quando foi formada em uma academia de música em Porto Alegre. Na bateria, Naldinho leva a batida marcada da Juana, fazendo-se notar quando exige a música.

Os destaques do show da Juana Blue foram as músicas Mais uma Vez Sorrir, com seu refrão adesivo que deve ter ficado na cabeça de todos pelo menos durante o final de semana inteiro e também a música Setembro, que já é sucesso na programação da WebRado do Projeto Multimídia Independente EBTK (ambas podem ser ouvidas no site oficial da banda, www.juanablue.com.br).

Com uma rebeldia contida pronta para deflagrar a qualquer momento e o contraste vocal aveludado/guitarras ásperas e uma bateria compassada, a Juana Blue mostrou que o velho estilo de fazer rock no Rio Grande do Sul ainda existe, sem precisar plagiar bandas ilustres de um passado recente.

Com muita garra a banda iniciou os trabalhos da quarta noite do Circuito Cultura Independente e mostrou no palco que entende de música, realizando um show redondo do início ao fim, mesmo com alguns problemas técnicos de palco no início do show, o que a banda tirou de letra, claro. Ah, quem curtir o som deles no site ou no vídeo do show e tiver a fim de conhecer mais intimamente a banda, pode aguardar a próxima temporada do programa/podcast Caixa de Som. A Juana vai estar nela.

Depois do rock da Juana Blue, o público pode conferir a entrada triunfal da Stereofonica, quarteto formado por Gil Guimarães (vocal), Lisandro Rôa (guitarra), Thiago Niger (baixo) e Duran Junior (bateria), que apresentou como introdução uma miscelânea de riffs conhecidos, muitos deles de músicas que influenciam o estilo das composições da banda.

Com uma coleção de hits de seu novo CD, Histórias de Um Mundo Perdido Vol.1, a Stereofonica mostrou seu rock de forma agressiva e contagiante, mesclando letras de amor, desamor e canções que permeiam a filosofia solitária de noites em claro. Com um som fiel ao CD lançado, a Stereofonica tocou 40 minutos de um rock pegado e versátil, que pode ser apreciado tanto por tímpanos rockers quanto pelos mais pop, sem ser alvo de críticas de um ou de outro.

Os destaques da noite para quem foi curtir a Stereofonica sem dúvida foram as músicas Como é Bom Sonhar, que traz uma breve aura de punk-rock californiano nas guitarras e na batida da batera e também a Forma Definida, um som de cadência mais pesada com letra positivista.

A primeira edição do Circuito Cultura Independente EBTK está na sua reta final, já deixando saudades aos apreciadores da boa música, sobretudo a independente, com um saldo positivo de sucesso de público em todas as noites. Foram apresentados shows dos mais variados estilos como rock, reggae, psicodelia e punk-rock. Quem ainda não pode aparecer no Cultura Independente ainda tem tempo para prestigiar a iniciativa na última noite da primeira edição, dia 13 de março, às 19:30, no Auditório da Livraria Cultura (Bourbon Country, Poa/RS) com show da cantora e violonista Midian Almeida e sua banda. O ingresso é 1Kg de alimento não perecível. Com certeza será um encerramento com gostinho de quero mais :) Um abraço do Mário Pertile!


Para assistir os melhores momentos de todos os shows do circuito até agora, basta acessar o canal do Projeto EBTK no YouTube: www.youtube.com/webradioebtk

Para conhecer a programação do circuito e baixar músicas das bandas participantes, basta acessar www.ebtk.com.br/culturaindependente  

O Circuito Cultura Independente é uma realização do EBTK.com.br, Livraria Cultura e EstúdioButeko.com.br, com o apoio da Fas Comunicação e Materiais Gráficos (51) 3246.5367, Estúdio Top (51) 3219.6184, site komunidade.com.br, biancapizzaria.com.br, Subway Bourbon Country e eovideolevou.com.br

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