A Crítica de "O Preço da Traição"

Tinha tudo para ser um filmão, mas é um filmeco. Vi o trailer de O Preço da Traição na sessão de Homem de Ferro 2, e fiquei com muita vontade de ver como acabava esta história protagonizada por Juliane Moore, uma mulher que desconfia que o marido (Liam Neeson) a trai, e então contrata uma garota de programa (Amanda Seyfried, na foto) para seduzi-lo e contar todos os detalhes dessa traição. O argumento, bem interessante e provocante, é baseado no francês Nathalie X, de 2003. Mas quando tinha tudo nas mãos para decolar, a versão moralistra de Atom Egoyan, um cineasta egípcio que se rendeu à indústria de Hollywood, decepciona da metade em diante. Infelizmente. Pois sabe aqueles filmes que a gente faz força para que dêem certo? A gente fica, mesmo durante a sessão, torcendo para que melhore e a maionese não desande. Mas não é o que acontece. O Preço da Traição se perde, transformando-se num reles Atração Fatal, e da pior espécie. Nem a classe de Julianne Moore, nem o argumento interessante e com uma premissa razoavelmente criativa, nem mesmo o semblante gracioso de Amanda - que foi vítima de Megan Fox no recente Garota Infernal e cantou ABBA no lamentável Mamma Mia - salvam o saldo final do longa. Mais não dá para contar, pois há o risco de desapontar alguém, num filme que está dividindo por demais a opinião pública. Eu estou do lado dos que se sentiram ultrajados, comprando gato por lebre. Não precisava.

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