Transformers 3, puro entretenimento

Melhor que a segunda parte da franquia, Transformers 3, o Lado Oculto da Lua, que estreou neste fim-de-semana em todo o planeta, é diversão pura. Utilizando cada centavo dos milhões que uma boa produção bancada por Steven Spielberg, o medíocre diretor Michael Bay bastou desempenhar um papel de administrador de recursos - gestor de efeitos, de pessoas, de unidades - para resultar num produto eficiente, bem feito e de resultados positivos. O filme, embora um pouco longo e quase cansativo, não chega perto da chatice que o anterior, extremamente exagerado em termos de lutas de máquinas, numa overdose de bichos estranhos num roteiro espalhafatoso e confuso, completamente viajandão que passava por extraterrestres, pirâmides e...autobots. Neste terceiro filme, o humor está mais presente ainda, debochando um pouco mais da própria série, o que deixa tudo mais leve.

Um dos trunfos do filme é a mistura da química dos personagens. Tem de tudo. Shia La Beouf, o anti-herói, está mais insolente e vulnerável, e por isso, mais divertido. John Turturro volta em sua melhor forma. O seu personagem como ex-agente é o melhor de todos os três filmes - e o menos ridículo. E há as novidades, como John Malkovich, econômico, mas marcante em suas aparições, Patrick Dempsey (que deve ter um ótimo agente, pois desde Namorado de Aluguel 1987 o cara não parou mais!) investindo como vilão e Frances McDormand, corretíssima como a diretora durona da CIA que assume npova investigações nessa terceira aventura. É incrível como Bay consegue misturar num filme pretensamente sério, de aventura, com mortes, tiros, lutas, personagens que transito do humor palhaço até os mais sérios, guerreiros, soldados, combatentes. Assim é com as máquinas também. Além dos criativos e aterrorizantes Decepticons, a trupe dos Autobots aparece com um charme a mais, se destacando mais individualmente em cena. Bumblebee, por exemplo, tem mais atuações individuais. Optimus Prime tem reduções quantitativas de cenas, sem, porém prejuízo algum ao peso do seu papel de líder.

Mas quando eu li, há alguns meses, a notícia de que Megan Fox tinha sido demitida do filme, e aquela coisinha sem sal tinha sido escolhida para ser  nova garota do filme, eu confesso que tinha perdido o elã para conferir o terceiro longa. Pois mordi a língua. Ela é maravilhosa. Não é grande atriz, mas não compromete. As lentes gostam dela - aliás amam - e nós também. E Michael Bay aproveitou isso. E ele usou e abusou. Rosie Huntington-Whiteley domina o filme 90% do tempo. E isso ajuda muito. Ela resplandece. Ela ilumina a tela. Ela ofusca o 3D. Ela é uma gracinha. E a crítica acaba por aqui. Vão ao cinema!
 



 
 



     

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