Uma opinião sobre "Não sei como ela Consegue"

Sarah Jessica Parker e Nova Iorque. Já temos aí alguma chance da produção dar certo. Ela sempre elegante, bem-arrumada (às vezes com alguns pingos de bolo ou outra comida de criança) e junte ainda bonitões como Pierce Brosnan e Greg Kinnear. Basta um roteiro bem feito para unir todos esses elementos e ser um grande sucesso no cinema. O diretor Douglas McGrath (dirigiu alguns filmes sem repercussão mas foi o roteiristas de Tiros na Broadway, de Woody Allen) nem precisou gastar muito,usou apenas um orçamento de US$ 7 milhões. O que temos, na verdade, em Não sei como ela Consegue, em cartaz no Brasil, é um filminho bem escrito, simpático, redondinho, totalmente passatempo, que vamos esquecer de 5 a 10 minutos depois que sairmos da sala de cinema. E infelizmente, só. Nada mais. 

Não que não seja engraçado, por exemplo. Tem boas tiradas, e muitas mães de filhos pequenos que dividem entre família e trabalho, vão se identificar. Sarah vive uma executiva financeira chamada Kate Reddy que se tornou o exemplo perfeito da mulher moderna: trabalha fora de casa, educa dois filhos, cuida do marido e de si mesma. Mas, como em todo filme americano, tudo vira de cabeça para baixo com o chegada de um novo e charmoso colega de trabalho, Jack (Brosnan). E agora? Como conciliar tudo isso? É o que vemos em uma hora de meia de típica comédia passada em Manhattan. Charmosa, elegante, mas pasteurizada e repetitiva.

O longa é baseado no livro homônimo de Allison Pearson, e como eu disse, faz rir. É o filme para o público feminino, que inclusive decide preponderantemente qual o filme que o casal vai ver no sábado à noite. Todos vamos achar engraçado quando Kate centra fogo nas "mães perfeitas" da escola, aquelas que são ricas, bonitas, cheias de dinheiro e empáfia, e que não precisam trabalhar e por isso fazem tudo muito bem em relação às suas crianças. Ou quando ela tem um ataque de piolhos em plena reunião com um novo cliente, com quem acabou de se enganar ao mandar um email trocado e causado uma confusão tremenda entre os dois. Mas é só, amigos. Não resta mais nada de interessante, consistente ou memorável no longa, que "só" faturou pouco mais de quatro milhões no fim-de-semana de abertura nos EUA. Esta é a má notícia. A outra é que você vai ter que ver este filme, pois provavelmente sua namorada vai querer ver.

Confira o trailer (que tem "Mercy", super som da Duffy, ao fundo):

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