Vem aí: "Vai que dá Certo"


Depois de ver o trailer desse filme brasileiro, Vai que dá Certo, uma luz no fim do túnel se acende. Mesmo sendo uma co-produção da Globo Filmes e estando o longa dentro de um nível de produção (excelente e competente, diga-se de passagem) e num padrão de receita de sucesso garantido, a história parece fugir um pouco do trivial. Sim, os atores são globais, e o filme vai depois para as locadoras, e depois para a TV a cabo para depois ser exibido na...Rede Globo. Ok, mas o grupo de nomes que aqui está parece ser um pouquinho fora do estrelato principal, incluindo gente meio alternativa, como o Danton Mello, que nunca foi pop como o irmão Selton. A atriz Natália Lage empresta um molho feminino à trama que tem como personagens principais...bandidos. É exatamente isso, bandidos são os heróis do filme. Além de Danton, fazem parte dessa quadrilha improvável e atrapalhada Lucio Mauro Filho, Bruno Mazzeo, Fábio Porchat, Gregório Duvivier e Felipe Abib. A história, não muito original no cinema, mas até certo ponto surpreendente para um filminho da Globo que tem fama de comportado - aí é que me refiro os cinco amigos de adolescência se reencontram e percebem que não alcançaram o sucesso planejado, então decidem assaltar uma transportadora de valores.

O diretor desta comédia de enganos, também calcada em uma fórmula comum das produções americanas envolvendo quadrilhas e trapalhadas (Roubo nas Alturas, Trapaceiros, Matadores de Velhinhas, só pra citar algumas recentes) não é ruim: Maurício Farias é membro de uma "grande família" - nome de outro longa seu, inclusive, baseado na série da Globo - do cinema brasileiro. Seu pai é o cineasta Roberto Farias, irmão do ator Reginaldo Faria e pai também de Mauro e Lui, irmãos portanto de Maurício. O diretor já atuou como ator, técnico de som, assistente de direção e montador. Na Globo, comandou novelas e minisséries como As noivas de Copacabana, Laços de Família, A viagem, Pecado Capital, Brava Gente e o programa Você Decide. Na direção de cinema, estreou com o curta-metragem A Espera (1986), codirigido com Luiz Fernando Carvalho, e premiado como melhor curta no Festival de Gramado e no Festival de San Sebastian na Espanha. Seu primeiro longa-metragem foi O Coronel e o Lobisomem (2005), onde trabalhou com Lúcio Mauro Filho, seguido de um dos grandes sucesso de público de 2007, A Grande Família – também com o mesmo ator.

Neste novo filme, a ideia do crime (quase) perfeito que prometia transformar as trajetórias do grupo de amigos cumpre o seu propósito, mas não exatamente como planejaram. Confusões e mais confusões...o filme tem previsão de estreia em 22 de Março de 2013.

Veja o trailer:


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