Da esquerda pra direita: Vivi Becker, Mario Pertile, Patrick Buzzacaro, Tony Moretti, Luiz Fernando Pedrazza, Sinara Heck Alves e Renato Martins (Foto Jonathan Justino/Band RS) |
A turma do Cena de Cinema esteve em peso: nem mesmo nos programas especiais há tanto quórum. Eu, Mario Pertile, Luiz Fernando Pedrazza e Patrick Buzzacaro estávamos mais uma vez unidos em torno de um bem comum. Mas tinham outros, de confrarias, clubes, de outros veículos de comunicação, etc. Quase todos conhecidos e amigos, irmanados na paixão pela sétima arte. Estavam lá o Paulo Guerra, Júlio Rosa, Robledo Milani, Marcos Santuário, Marcus Mello, Marcelo Perrone, Lúcia Mattos e tantos outros.
O espetáculo começa e a cena inicial de Star Trek já é brutalmente impactante. Caímos para dentro do planeta desconhecido, do prólogo do filme. E a tela do Imax, com projeção digital, som e iluminação mais exarcebados do que o comum, torna o divertimento recheado de uma qualidade insuperável. Só depois da projeção é que o Patrick foi nos dizer que o longa não foi captado em 3D, que a conversão aconteceu depois. Alguma decepção, e aí identificamos partes em que realmente o efeito trimendisional sumia, ou ficava sem destaque. Mas ainda assim, um programa completo.
E o Star Trek rola e os efeitos são fantásticos, o elenco está tão afiadíssimo quanto o primeiro, o roteiro é bom e o vilão melhor ainda. Alguns momentos meio melodramáticos demais, muito dilema para a cabeça de Spock e Kirk, como bem lembrou o João Pedro, o filho de 9 anos do Ribeiro Neto - os dois sentaram na última fila, e não aproveitaram o máximo do Imax. "É muita conversinha, né pai?", disse ele. E tem razão. são os momentos menos fortes do filme, parece que o trem para. Mas em seguida ele atinge velocidade supersônica e a coisa entra nos eixos. Um programa completo.
Os olhos demoram um pouco para se acostumar, mas em seguida estão dentro do 3D. A legenda, por vezes se duplica, forçando o espectador a realmente não mexer muito a cabeça. E a tela é tão grande que as pessoas tem que olhar para a cena em si, de cima a baixo, de lado a lado e depois correr os olhos para a legenda para ver o que está sendo dito. Às vezes não dá tempo para ver tudo, para absorver toda a beleza da cena ou ler a legenda inteira. Por isso todos os sentidos tem que estar aguçados, envolvidos, focados na projeção do Imax. Não sei é porque sentei muito perto da tela, da metade para a frente. Quem senta no fundo não desfruta das qualidades totais do novo cinema. As melhores fileiras são as do meio, bem centrais, que estavam antipaticamente reservadas para amigos exibidores do centro do país, que acabaram não ocupando todas e a plateia se realocou. Feliz de quem sentou perto dos "vips".
Certamente os filmes 2D não têm o mesmo impacto e resultados nas telas e na projeção do Imax, mas mesmo assim devem se constituir sessões com qualidade bem acima da média. Eu, pessoalmente, acho que aqueles documentários encomendados para o Imax 3D são uns caça-níqueis terríveis, chatos, curtos e caros, embora eu tenha visto um programa de 40 minutos no Imax de Londres, que tinha uma historinha de ficção científica que foi bem legal. O Pedrazza me disse que estava bem curioso por estas sessões, pois é neste tipo de filme que o Imax se revela por inteiro.
De qualquer maneira, valeu muito o programa. Quem ainda não foi, vale experimentar, pelo menos uma vez, mesmo sendo muito caro o ingresso. Escolha o melhor filme e curta a experiência. Como comentamos na saída, difícil vai ser filmes em telas e projeções convencionais depois disso.
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