Cinema em Casa: "Django Livre"

Que Quentin Tarantino se supera cada vez mais, melhorou ao longo dos anos e está produzindo pequenas obras primas do cinema moderno para ficarem arquivadas em nossas memórias, acho que todo mundo concorda. Penso que Kill Bill, Pulp Fiction e mais recentemente Bastardos Inglórios são exercícios cinematográficos primorosos, recheados de referências, humor e sarcasmo. Assim é Django Livre, um faroeste clássico construído em cima de um roteiro básico - vingança - e muita violência, pontuada a todo instante com muita ironia. Quem não entende que Tarantino quer nos provocar, arrancando ou um riso ou uma reação às suas cenas sanguinárias, achará que o filme é simplesmente uma história de mocinho e bandido. Django Livre é, isso assim, um show de direção, roteiro e elenco, com especial destaque para a qualidade de som (isso mesmo, som!) que a película possui.

Inspirado livremente nos westerns dos anos 60, com o personagem de mesmo nome, que encantaram uma geração, o longa de Tarantino centra sua força no cavaleiro solitário que aqui é vivido por Jamie Foxx, um escravo negro que ganha a liberdade para poder se vingar e recuperar a mulher amada. Christoph Waltz, ganhador pela segunda vez do Oscar de melhor ator coadjuvante (por Bastardos ele também tinha papado a mesma estatueta) será seu libertador e parceiro, para acabar com o vilão Leonardo DiCaprio, aqui trabalhando muito bem e corroborando a minha tese: quando ele é orientado por um grande cineasta, torna-se um ótimo ator. Ainda no elenco brilha Samuel L. Jackson, como um velho escravo negro de "alma branca", além de aparições de Keith Carradine, Kurt RussellDon Johnson e do Django original, o ator Franco Nero. Um grande programa para o público masculino, mas que se bem argumentado elas também vão querer encarar esta sessão de DVD ou Blu-Ray (onde o áudio é melhor ainda), para aproveitar mais esta aula de cinema.

Confira o trailer deste filme abaixo:

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