Adeus ao JB "Megaton" Schüller

JB Schüller
Uma coisa que faz muito bem à nossa saúde emocional e física é ser grato. Por isso vou escrever sobre João Batista Schüller, que morreu ontem em Florianópolis, aos 67 anos.

Conheci o JB Schüller como “Bati”, que o meu primo Luciano Martins (artista plástico gaúcho radicado em Santa Catarina) falava tio Bati pra lá, tio Bati pra cá. Mas era distante, não tinha a ver com a minha família diretamente e eu não convivia pessoalmente com ele. Aos poucos fui percebendo que ele cara era o “tal” vozeirão da RBS, a maior empresa de comunicação do sul do país. Era ele que gravava algumas vinhetas da Rádio Gaúcha ("Gaúcha BRDE Notícias!"), e aquelas chamadas das manchetes da Zero Hora na TV Gaúcha ("Leia em Zero Hora de amanhã...". E um dia eu fui trabalhar lá.

Depois de Alguns anos sem encontrá-lo pessoalmente, pois eu ficava no prédio da Ipiranga e ele no prédio das "FMs", no morro Santa Teresa. Um dia fiz um "free" de redação na Rádio Atlântida, nas férias do Marco Poli, e entre uma notícia e outra me ofereci para fazer microfone. Aí conheci mais de perto o famoso "Johnny Megaton", personagem que ele tinha na saudosa e história Rádio Continental. Extremamente simpático, deixou eu fazer as madrugadas de sexta e sábado, da meia-noite às duas da manhã, para toda a rede Atlântida em RS e SC, do alto dos meus 20 anos. Foi a minha consagração, pois eu era considerado "guri" de rádio AM, da notícia, do jornalismo. A Rádio Gaúcha sempre foi e ainda é extremamente respeitada, mas tinha um abismo para se chegar ao FM jovem, musical, que eu tanto queria. Depois o Jorge André Brittes assumiu a rede e também me deu muita força na carreira no FM.

Pouco depois ele se transferiu para Santa Catarina, e virou a voz da RBS por lá. Em todos os veículos, a gente ia "veranear" em Floripa, e só dava ele nas chamadas de rádio e no intervalo da TV. Me parece que teve uma vida feliz, até o fim dos seus dias lá na paradisíaca Ilha da Magia, mas se foi muito precocemente. Também era tio de outro grande amigo, o Serginho Schueler  (não entendo bem porque as grafias diferentes dos sobrenomes), também jornalista mas que foi meu amigo de infância e vizinho de apartamento no bairro Menino Deus em Porto Alegre. Meus sentimentos a todos, fica a tristeza de termos perdido o vozeirão e a simpatia do João Batista Schüller e meu eterno agradecimento por ele ter me aberto essa porta em minha carreira....🙏🏻

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