Coronavírus: quando a reação da sociedade é mais rápida que o contágio

Nas horas mais difíceis é que vemos o quanto a reação da sociedade, nas mais diversas áreas, pode ser positiva. Em tempos de uma possível epidemia, como estamos vivendo como o Coronavírus, médicos, pesquisadores e cientistas trabalham diuturnamente para enxergar as soluções antes que o problema se torne insolúvel ou se alastre de uma forma incontrolável. Eu não me canso de me surpreender com os avanços tecnológicos da medicina, se valendo da pesquisa em saúde. Leio no noticiário que em menos de 48 horas a partir da confirmação do primeiro caso de infecção pelo novo coronavírus em nosso país, pesquisadores já conseguiram sequenciar o genoma do vírus. O trabalho foi conduzido por cientistas do Instituto Adolfo Lutz, do Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da USP e da Universidade de Oxford. Eles fazem parte de um projeto chamado Cadde, apoiado pela Fapesp e pelo Medical Research Centers, do Reino Unido, que desenvolve novas técnicas para monitorar epidemias em tempo real.

Qual a importância deste feito?

Conhecer os genomas completos do vírus, que recebeu o nome de SARS-CoV-2, nos vários locais onde ele aparece, é importante para compreender como se dá sua dispersão e para detectar mutações que possam alterar a evolução da doença. Isso pode ajudar no desenvolvimento de vacinas e de tratamentos. A amostra, retirada do paciente de 61 anos de São Paulo, que passou quase duas semanas na região da Lombardia, a mais afetada da Itália, confirma que ela veio da Europa. É geneticamente parecida com a de um genoma sequenciado na Alemanha.

20 VACINAS EM ANDAMENTO

Ao mesmo tempo, médicos e pesquisadores não descansam enquanto não chegarem a um antídoto para esta pré-epidemia. O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, informou que mais de 20 vacinas contra coronavírus estão sendo desenvolvidas em testes clínicos pelo mundo e que os primeiros resultados são esperados para as próximas semanas. Em entrevista coletiva em Genebra, na Suíça, o médico etíope disse que a maior parte dos pacientes diagnosticados com a doença será eventualmente curada. "A chave para conter o coronavírus é quebrar as redes de transmissão", explicou.

Segundo representantes da entidade, investigações estão sendo realizadas para entender por que o vírus foi identificado em um cachorro, em Hong Kong. Também estão sendo conduzidos estudos para descobrir o hospedeiro intermediário do patogênico. A OMS também negou que haja evidências de que o coronavírus tenha comportamento diferente em países tropicais, como Brasil e México, que confirmaram os primeiros casos latino-americanos esta semana.

Obviamente ninguém tem certeza se todo esse esforço poderá deter um contágio geral pelo mundo deste vírus, mas é louvável assistir o esforço sobre-humano do campo da pesquisa em saúde para buscar as soluções mais adequadas a este controle. 

Veja mais detalhes na notícia do UOL.

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