O mundo contra o racismo. Mas, de novo?

Antigamente, poucas coisas uniam o mundo. Cada um pensava por si e cada país com sua política, cada comunidade com a sua vida. Com a chegada da internet, a tecnologia conectou quase todo mundo e as redes sociais deram uma propulsão a pensamentos, ideias, opiniões, bobagens (infelizmente), fakenews e muito mais. Mas vamos ficar com a parte boa: as pessoas passaram muito mais a aderir coletivamente a causas nobres, defendendo os direitos humanos e protestando contra as coisas erradas que ainda rastejam por sobre o planeta. O racismo, infelizmente, ainda é uma delas.

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Mas parece que quando mais chocante é o acontecimento, como o caso do americano George Floyd, mais forte é a reação. E ela ainda repercute em todo o mundo. Não falamos só dos protestos que tomaram conta dos Estados Unidos e chegaram na Europa, mas na manifestação individual de gente importante em todas as áreas. E ai, mais uma vez, as redes sociais são as responsáveis por viralizar essa corrente de repúdio ao racismo e solidariedade aos discriminados.   

"Isso não deveria ser 'normal' em 2020 na América. Não pode ser normal", afirmou o ex-presidente Barack Obama, em uma carta compartilhada em suas redes. Michelle Obama também se manifestou em suas redes sociais, assim como os cantores Rihanna, Nicki Minaj, Billie Eillish, Harry Stiles, Ariane Grande, entre outros. Kanye West doou dez milhões de Reais para família de Floyd e de vítimas negras nos EUA

No mundo do esporte, jogadores do Bayern de Munique e do Liverpool na Inglaterra, protestaram contra o racismo em pleno campo, em jogos oficiais. Atletas ajoelharam-se no círculo central do campo, e usaram braçadeiras com a frase "Vidas negras importam". Kylian Mbappé, jogador do Paris Saint Germain, Brandon Marshall, jogador da NFL, o boxeador Anthony Joshua e o piloto Lewis Hamilton foram outros que se pronunciaram nas redes sociais. A lenda do basquete Michael Jordan anunciou que doará US$ 100 milhões para organizações engajadas na causa antirracista. O valor será concedido ao longo dos próximos dez anos para garantir igualdade racial, justiça social e maior acesso à educação.

Outro quase homônimo dele, o ator Michael B. Jordan, ao lado de colegas de todas as raças como George Clooney, Blake Lively, Ryan Reinolds, Jamie Foxx, também se expressaram. Além deles, também postaram mensagens as mulheres da família Kardashian e da filha de Michael Jackson, Paris Jackson. Todos usaram as suas redes sociais de algumas forma para comentar e criticar a morte de um homem negro identificado por um policial branco nos Estados Unidos. Isso desencadeou uma série de manifestações contra o racismo policial — seja nas ruas ou nas redes sociais, com hashtags como #BlackLivesMatter e #Justice4Floyd (justiça para Floyd).

Os fatos são tristes e lamentáveis. Mas a notícia boa é que o poder da tecnologia e da conexão digital consegue unir em uma só voz, um protesto forte e contundente, de grande repercussão e quase sempre histórico, como este. Infelizmente, o racismo, nos anos 2020, já devia ser uma pauta superada. Mas a reação é rápida e intensa. E, aos poucos, cura o mundo. 

Com disse Obama: "Se nós queremos que nossas crianças cresçam em uma nação que atinge seus maiores ideais, nós podemos e devemos ser melhores". 

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