Menos Telas, Mais Selas: o projeto gaúcho que troca videogame por rédea e transforma vidas

Por trás da cerca do Centro de Treinamento Tomaz Gonçalves, em Belém Novo, na zona sul de Porto Alegre, há muito mais do que cavalos sendo treinados. Ali, crianças encontram algo que anda escasso nos tempos de hoje: tempo longe das telas e contato com a natureza.

Carolina Jardine / Divulgação

Inspirado por sua própria história com o cavalo crioulo, o atleta e competidor do Freio de Ouro, Tomaz Gonçalves, criou o projeto "Menos Telas, Mais Selas". A iniciativa é fruto de sua escola de equitação gaúcha, que há mais de quatro anos ensina muito mais do que técnicas de montaria: ensina valores.

— Eu cresci em Jaguarão, no campo, no meio dos peões e das provas campeiras, e foi ali que aprendi tudo que carrego comigo até hoje: disciplina, respeito, comprometimento. O cavalo foi o meu maior professor — conta Gonçalves, que correu sua primeira final do Freio Jovem aos cinco anos.

Com isso em mente, Tomaz decidiu, ao montar seu centro de treinamento em Porto Alegre, que queria retribuir. E assim nasceu a ideia de um projeto social que pudesse dar às crianças da região a mesma chance que ele teve.

— Começou com uma conversa com o goleiro Sergio Rochet. Ligamos para o Carlos de Pena, que logo topou. Juntamos também a Isadora Herrmann, da Renner, e o Daniel Gonçalves, da Coragon. Tornamos eles padrinhos de crianças que não tinham acesso a esse universo — explica Gonçalves.

Hoje, o "Menos Telas, Mais Selas" atende 25 crianças apadrinhadas e outras 45 como alunas da escola. Mas a fila de espera já passa de 60 nomes, aguardando por novos padrinhos.

— Queremos mais do que ensinar equitação. Queremos formar pessoas. Aqui, elas aprendem a respeitar os animais, a conviver com outras realidades sociais, e a se afastar das telas que consomem o tempo e a criatividade — reforça.

O projeto já começa a tomar forma fora do CT: o método criado por Tomaz foi certificado e replicado em escolas no Paraná, Santa Catarina, Livramento e Bagé. Há ainda planos para expansão internacional, com uma escola em fase de estruturação no Uruguai.

Mas o sonho vai além: Gonçalves quer estruturar uma equipe multidisciplinar com fisioterapeutas, fonoaudiólogos e professores para atender também crianças com necessidades especiais.

— Estamos crescendo, mas com os pés no chão. Nosso maior ganho é ver as crianças se desenvolvendo, sorrindo em cima do cavalo. O resto, a gente corre atrás — diz ele.

Fonte: GZH




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