Serviço de tele entrega testa serviço via drone no meio da pandemia

Depois de chegar a 39 milhões de pedidos por mês durante a pandemia, serviços de tele entrega por aplicativo como o iFood anunciam inovações no momento de maior crise na economia brasileira: a entrega de produtos por meio de drones. A Agência Nacional de Aviação Civil autorizou a realização dos testes e com isso possivelmente o aparelho poderá ser utilizado em serviços delivery, entre outras funções. A utilização está em caráter experimental e é válida atÉ agosto do ano que vem.

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Os ensaios estão sendo feitos em uma rota de 400 metros entre o Shopping Iguatemi Campinas e o iFood Hub, uma estrutura montada dentro do empreendimento que controla os pedidos. A entrega deve levar em média 2 minutos, num trecho que percorrido a pé que pode levar 12 minutos. O principal argumento para o novo sistema é que a aplicação de drones na entrega de alimentos vem facilitar o trabalho das empresas e aumentar o raio das entregas.

O entregador não é descartado do processo: o aparelho aéreo não vai substituir as pessoas físicas porque a proposta é que o equipamento cumpra os roteiros mais complexas de entrega como passar por cima de rodovias, rios, mata, morro, entre outros. Todas as ações de teste estão sendo supervisionadas pela ANAC. 

Em junho de 2019 a primeira ação levou a primeira picanha vegetal do mundo, da rede de açougue vegano No Bones, que saiu do Parque Ecológico de Barueri, no bairro de Alphaville, com destino final em Santana do Parnaíba, e percorreu uma distância de um pouco mais de 1 quilômetro até chegar ao seu destino, num condomínio residencial.

Os aplicativos de delivery de refeições viram seus números disparem desde o início da pandemia e todos aumentaram sua base de restaurantes, fazendo o consumo crescer em mais de 250% até agora, segundo dados da consultoria Food Consulting.

Antes da pandemia, os aplicativos de delivery já vinham em crescimento acelerado — de mais de 100% ao ano — mas este grande crescimento estava relacionado sobretudo à substituição do delivery tradicional. Desde março, no entanto, o mercado de delivery online cresceu pautado por duas mudanças de consumo: a principal foi o aumento da recorrência. O que aumentou desde que o coronavírus obrigou as pessoas a ficar mais em casa não foi tanto o número de novos usuários pedindo e sim aquelas pessoas que já tinham o aplicativo e começaram a pedir comida no almoço, no café da manhã ou no café da tarde.

“Geralmente, as pessoas faziam essas refeições no caminho do trabalho ou no escritório, mas passaram a pedir também essas refeições via delivery”, afirmou Diego Barreto, diretor-financeiro do iFood em entrevista recentemente.

O outro pronto que vem impulsionando o crescimento do delivery é o aumento do ticket médio nos pedidos. Apesar de muitos brasileiros estarem focados na redução de gastos, o valor das refeições aumentou porque os pedidos passaram a atender uma família inteira e não só um membro ou outro da família que ficava em casa.

Como estes dois vetores de crescimento do delivery estão extremamente ligados à mudanças temporárias feitas durante a pandemia, a expectivativa é que o delivery não tenha mais um crescimento tão acelerado daqui para frente.

Com isso, a Food Consulting espera que o delivery online tenha um crescimento de cerca de 150% em 2020 relação a 2019. Caso esta estimativa se cumpra, o delivery como um todo passará a representar cerca de 15% a 16% do mercado de alimentação fora do lar. Em 2019, esta participação girava em torno de 8%.

Com informações dos sites revista Beer Art, It Forum 365 e Infomoney. 

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