Motoristas de aplicativos apontam crescimento no serviço em Porto Alegre

Com a crise causada pela pandemia da Covid-19, os motoristas de aplicativos estão conseguindo se sustentar trabalhando muitas vezes mais de 12 horas por dia. A avalição foi feita nesta terça-feira pelo presidente da Associação Liga dos Motoristas de Aplicativos (Alma), Joe Moraes, ao afirmar que a situação da categoria esteve bem difícil entre os meses de março e junho. "Agora, parece que está começando a ser normalizar com os profissionais conseguindo clientes mesmo com a tarifa baixa", ressaltou. 

Foto de Guilherme Almeida

Antes da pandemia, Porto Alegre e região Metropolitana tinham cerca de 35 mil motoristas em atuação. Segundo Moraes, em Porto Alegre no começo da pandemia foi difícil para os motoristas de aplicativo porque ocorreu uma redução no número de viagens em cerca de 80% a 90%. "Tem melhorado um pouco o número de corridas. Mas ainda está longe do normal", explicou. Neste período de crise em função da pandemia, a categoria não recebeu qualquer tipo de incentivo por parte das plataformas de Apps. A ajuda ficou por conta da aquisição de álcool em gel e máscaras em valores considerados inferiores pelos trabalhadores.  

Os condutores, em razão da pandemia, perceberam uma diminuição de passageiros desde março. Nildo Júnior, que trabalha há cinco anos como motorista de aplicativo afirmou que a categoria viveu momentos bem difíceis. "Não tínhamos passageiros para transportar", comentou. Segundo ele, alguns colegas preferiram migrar por um período para o BlaBlaCar, um serviço que leva até três pessoas de diferentes pontos de partida para o mesmo destino. O jornalista, que optou pela profissão em 2015, preferiu ficar recolhido no que ele chamou de "auge" da pandemia. Antes da Covid-19, Nildo Júnior, que comprou um Toyota Ethios Sedan, realizava uma média de 30 corridas por dia. "Hoje, está difícil fazer 20", ressaltou.

Já o jornalista carioca Eduardo Gollo, que há quatro anos e meio trabalha como motorista de aplicativo no Rio Grande do Sul, afirmou que o movimento de clientes caiu drasticamente entre os meses de março e junho. Por conta disso, parou de trabalhar no período." Neste momento, a situação está melhorando, muito em função da abertura do comércio. Ainda não está 100%", acrescentou. Gollo disse que torce para o retorno das atividades nas escolas estaduais e nas universidades, uma vez que, segundo ele, os estudantes são bons clientes. Em função da pandemia, ele trabalha das 17h às 21h e realiza uma média de 15 a 20 corridas por dia com o seu veículo Nissan Versa.

Notícia original publicada no site do Correio do Povo.

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