Acidentes de trânsito caem 32% em Porto Alegre em dez meses

Um levantamento divulgado pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) aponta para uma redução de 32% nos acidentes em Porto Alegre entre os meses de janeiro a outubro. Foram 7.389 ocorrências neste ano contra 10.874 em 2019. Além disso, os dados indicam uma diminuição no número de mortes, com 56 vítimas registradas em 2020 — seis a menos do que no ano passado.

Leandro Osório/Especial Palácio Piratini


Para a EPTC, o resultado não é considerado uma surpresa e pode ser explicado pela diminuição da circulação de pessoas em Porto Alegre, em razão da pandemia, e pelas ações de fiscalização e prevenção feitas pelo órgão.

No entanto, ainda há números que seguem preocupando as autoridades. Entre janeiro a outubro, 23 motociclistas e 19 pedestres perderam a vida em acidentes na Capital. O diretor de operações da EPTC, Paulo Ramires, destaca que a pandemia pode ser um dos fatores de influência para estes números.

— A grande maioria dos motociclistas seguiu circulando durante os períodos críticos da pandemia. Em relação aos pedestres, acredito que a redução na circulação nas ruas e a preocupação com risco da contaminação resultou em mais pessoas desatentas, tanto motoristas quanto pedestres — explicou o diretor.

Em relação ao mês de outubro, já com a normalização dos serviços quase completa na Capital, os dados apontam que houve um aumento de 7% no número de acidentes em um comparativo com o mês de setembro. O total, entretanto, é 36% menor do que o registrado no mesmo mês do ano passado — foram 833 contra 1.319  em 2019 . O índice também é de diminuição em acidentes que deixaram pessoas feridas, que passou de 545, em 2019, para 362 neste ano.

No entanto, segundo o levantamento da EPTC, o número de vítimas fatais em outubro não acompanhou os demais índices. Ocorreram seis mortes provenientes de acidentes de trânsito no último mês – dois pedestres e quatro condutores de motocicletas. O número é igual ao mesmo período de 2019. Aconteceu uma morte a menos do que em setembro.

Notícia original no site do GZH.

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