Artigo: Solidariedade e empatia, os legados da COVID

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O texto de hoje é da jornalista Clarice Ledur, que faz uma reflexão sobre a pandemia e as eleições do próximo domingo.


Solidariedade e empatia, os legados da COVID

O ano passou rápido, trazendo em seu rastro mudanças impostas pelo surgimento da COVID 19. Muitos passaram a falar mais em solidariedade e empatia, pontuando mudanças de valores importantes, entre elas a redução do consumo exacerbado, do consumir por consumir.  Parte disto, pelo fechamento do comércio, mas parte pelo olhar mais aguçado a um novo estilo de vida, mostrando que existem coisas mais importantes, como a saúde e a família, por exemplo, reveladas pelo distanciamento social.  Mostrou a importância dos recantos domésticos, de um abraço, um beijo, manifestações de afeto simplórias, que ganharam dimensões no nosso cotidiano. Muitos ainda à espera do sonhado reencontro familiar. Minha filha mais velha mora no exterior, tenho uma netinha de apenas dois anos e sonho acordada com a hora de poder voar para acariciá-las. Saudades que, embora tragam sofrimento, trazem o sentimento de que melhoramos como pessoas, sedentas por maior proximidade com familiares e amigos - as verdadeiras relíquias que a vida nos oferece.


Foto Pixabay


Mas o legado da COVID vai mais além.  Neste momento pré-eleitoral, cabe uma reflexão sobre o tipo de sociedade que almejamos, com mudanças também no perfil dos gestores públicos.

Queremos um mundo melhor para nossos filhos e netos e isto passa por estas escolhas. São as nossas escolhas que fazem o nosso amanhã, valendo para a política, trabalho e relacionamentos.

A mídia desempenha um papel importante, divulgando candidatos e suas propostas. É inegável que coisas boas atraem coisas boas, sentimentos positivos igualmente atraem outros e, numa roda vida, permeia nosso entorno. Por isso mesmo, antes das urnas, é preciso pensar sobre o tipo de sociedade que queremos, deixando de lado interesses particulares, possíveis vantagens que chegam com cargos e indicações e por aí afora, num cenário de desencanto ao poder público e sua função. Talvez o que mais falte aos nossos gestores públicos seja a solidariedade e a empatia para poder atender melhor à população.

Vamos ecoar estes sentimentos? Se a COVID nos propiciou este novo olhar, que as eleições igualmente reforcem estas conquistas em prol de um mundo mais justo, do qual possamos nos orgulhar.


Clarice Ledur é jornalista e gourmet, autora de 15 livros, sendo 6 deles de gastronomia e o restante focado em histórias de empresas. Apresenta hoje o Programa Gastrô, que vai ao ar todas as sextas-feiras, ao vivo, pela Rádio Press (Youtube.com/radiopress e Facebook.com/radiopressportoalegre). Foto ao lado arquivo pessoal.

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