Mesmo com pandemia, nosso Natal não será cancelado!

Não, a pandemia não vai derrubar o nosso Natal! A criatividade está presente em todos os lugares e ajudando famílias a comemorar de um jeito diferente, preservando a segurança sanitária, usando e abusando da tecnologia para poder reencontrar parentes e amigos distantes de um jeito diferente. Da mesma forma, lojistas também estão sendo criativos e estratégicos, usando ferramentas digitais para evitar as aglomerações e propiciar a melhor experiência para os clientes: tele entrega, frete grátis, pegue e leve, liquidações, compras pelo site e muito mais para garantir o presente para toda a família. 


Foto Ron Dauphin/Unsplash


No Rio Grande do Sul, a expectativa é positiva: a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas estima que a principal data do comércio deverá ter um volume de vendas semelhante ao de 2019, mas o faturamento deve ser entre 10% e 12% maior do que o registrado no último ano. O presidente da entidade, Vitor Augusto Koch, diz que a boa notícia é comemorada pelo varejo, pois é um alívio para o segmento que enfrentou quedas expressivas nas vendas durante quase nove meses do ano. Como as pessoas ainda não puderam se reunir com seus familiares e amigos, a data terá uma maior importância para demonstrar afeto e carinho.

A flexibilização para o comércio poder trabalhar em mais horários neste período natalino também vai ajudar os lojistas a venderem mais. Koch lembra também que é essencial que os lojistas sigam à risca todos os protocolos de prevenção a Covid-19 determinados pelas autoridades, como o uso obrigatório de máscara para colaboradores e clientes, a disponibilização de álcool em gel e o distanciamento físico dentro dos estabelecimentos. O consumidor também precisa colaborar, obedecendo esses regramentos – enfatiza o presidente da FCDL.

Realizar promoções atraentes, ofertar boas condições de pagamento, contatar os clientes via redes sociais como WhatsApp, Facebook, Instagram e Twitter são outras dicas para os lojistas para incrementarem suas vendas natalinas nessa reta final. 

Uma outra pesquisa publicada pelo jornal Estado de Minas, mostra que a tradição de troca de presentes não será tão afetada. O estudo da Social Miner e Opinion Box indica que 71% dos entrevistados pretendem presentear alguém e 21% ainda estão indecisos. Apesar da crise financeira, a maioria pretende gastar entre R$ 100 e R$ 200 nos presentes. 

Já o estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou a expectativa de aumento de vendas neste Natal de 2,2% para 3,4%. Se essa projeção ocorrer, o setor terá o maior avanço real das vendas natalinas desde 2017, movimentando 38 bilhões de Reais no país. O comércio eletrônico deve ser o responsável por este aumento nas vendas. 

Um quarto levantamento da empresa especializada em marketing digital Rakuten Advertising entrevistou mais de 8 mil pessoas, sendo cerca de mil brasileiros, para entender os impactos gerados pela pandemia no ato de compra. O estudo indica que apesar de 40% das pessoas terem tido alguma redução em ganhos devido ao Covid-19, 87% devem ir às compras no Natal. Os consumidores estão priorizando quem vão presentear e ajustando os orçamentos de acordo, mas não estão deixando de lembrar da data. 

E para ter certeza do que estou afirmando, vai aí uma quinta pesquisa: a Hibou, empresa especializada em monitoramento de mercado e consumo aponta que 52% dos brasileiros mudaram planos de fim de ano por causa da pandemia: quase metade deles não vai mais viajar, desistiram de comemorações em bares e restaurantes e 35% reduziram o número de pessoas na comemoração. Realizada em setembro com 1.100 entrevistados nas principais capitais do Brasil, a pesquisa também revela que:


  • 79% dos brasileiros vão passar o Natal em casa com suas famílias; 65% farão o mesmo na virada do Ano Novo;
  • 50% se dizem esperançosos para 2021, 41% estão preocupados e 21% se mostraram otimistas para o próximo ano;
  • 32% vão comprar tanto online quanto presencialmente;
  • 62% vão comprar online, sendo 80% através do smartphone;
  • 57% dos brasileiros vão comprar presencialmente; deste total, 65% preferem desta forma porque já podem levar o produto;
  • Apenas 14% não farão compras.

O shopping continua sendo o lugar presencial preferido para os brasileiros, seguido das lojas de grandes redes, lojas de bairros, outlets e encomendas de pequenas lojas. Segundo o estudo, o brasileiro se familiarizou mais com o processo de entrega pelo aumento de compras online neste ano de pandemia, e está usando essa rotina neste final de ano.

Para a maioria dos consumidores, a compra deve ser de marcas já conhecidas, reforçando a relação já construída. Um dado novo é que 21% pretendem comprar produtos artesanais, incentivando assim o pequeno empreendedor.

Este Natal da pandemia vai se ajustar em preços, gostos e bolsos. Como diz a velha canção natalina, "seja rico ou seja pobre / O velhinho sempre vem."

Com informações da FCDL/RS, Estado de Minas, Revista Exame e Associação Brasileira de Automação. 

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