A jornada de trabalho 4 dias por semana (e 3 folgas) e seus testes pelo mundo

Dizem que o trabalho enobrece o homem. Outra linha de pensamento diz que o homem não foi feito para trabalhar. Uma coisa é certa: no mundo moderno, trabalhamos demais, cada vez mais e estamos  mais doentes. O estresse, os transtornos mentais, doenças cardíacas, respiratórias e a síndrome de burn-out - quando a pessoa "dá um teto" e desmaia, paralisa ou se demite às pressas porque não aguenta mais - são cada vez mais comuns. 


Imagem Pixabay

  

Pensando nisso, muitas empresas inteligentes pelo mundo apostam na qualidade de seus colaboradores dentro do ambiente de trabalho, equilibram o prazer com os afazeres, investem em espaços de lazer e muito mais. Gigantes como Microsoft e Unilever já testam o modelo da jornada de quatro dias por semana, com três de folga. E vem dando resultado em muitos países. Aqui no Brasil, a semente foi plantada numa pequena startup mineira: a Crawly, fundada em 2018, tem 15 funcionários cumprindo 32 horas semanais. Segundo o cofundador e diretor de tecnologia da startup, Pedro Naroga, desse jeito os funcionários têm mais qualidade de vida. “É comprovado que pessoas mais felizes, descansadas e saudáveis produzem mais".

Naroga não está enganado. A produtividade tende a aumentar mesmo. Prova disso é a Microsoft do Japão, que fez um programa de verão, em 2019, com jornada de 4 dias (e salários mantidos). Resultado? As suas vendas cresceram 40%. Agora, a Unilever vai aplicar o modelo para seus 81 funcionários na Nova Zelândia durante 12 meses e planeja estender o plano para as outras filiais se os resultados forem positivos, atingindo 155 mil profissionais. 

A jornada normal de um trabalhador com carteira assinada é de 44 horas. Um estudo publicado na revista científica The Lancet em 2015 já comprovava que o ideal para uma vida saudável é trabalhar menos de 40 horas semanais. Isso reduz em 33% os riscos de um infarto e em 13% as chances de outros problemas cardíacos. 

De acordo com o fundador da startup mineira a boa saúde dos funcionários evita faltas, melhora a performance e diminui a rotatividade. “Em 2019, tivemos apenas um pedido de demissão.”  

Outra empresa brasileira que chegou a testar o modelo de 4 dias foi a Zee.Dog, startup do mercado pet. Com 200 funcionários no país, eles iniciaram os testes do modelo #NoWorkWednesday antes da pandemia, mas suspenderam quando a crise colocou todo mundo em isolamento. No home office, agora permanente, a produtividade aumentou 20%.  

Trabalhar quatro dias e folgar três é o sonho de muita gente. Mas é uma realidade mesmo para pouquíssimos. Então, quem sabe mandar essa notícia o seu chefe?  


Com informações do Linkedin e da Revista Você S/A 



Comentários