Chip feito no RS é usado em rastreador de vacinas na Índia

Um chip nacional para IoT (Internet das Coisas) produzido pela fábrica de semicondutores HT Micron, sediada em São Leopoldo, Rio Grande do Sul, está sendo usado em um  rastreador de vacinas na Índia.

A informação é da diretora de Relações Institucionais e Alianças Estratégicas da empresa, Edelweis Ritt. “Inclusive, ele é usado para rastrear vacina da Covid-19 na Índia, e a gente gostaria que ele estivesse fazendo tracking [rastreamento] de vacina no Brasil também”, afirmou ao Tele.Síntese.


Foto Divulgação


Segundo a executiva, o chip denominado iMCP HT32SX, foi o primeiro desenvolvido e produzido no Brasil. Foi lançado em 2019 e já é exportado para diversos países, concretizando vários negócios em plena pandemia, como ocorreu com a Índia. É produzido no formato SiP (System-in-a-Package) com conectividade Sigfox.


Alertas sobre temperatura 

De acordo com a empresa, enquanto o  rastreador indiano detecta temperatura e localização pelos sensores, o chip IoT brasileiro integrado é responsável por processar e enviar os dados coletados.

Também pode emitir mensagens de alerta quando a temperatura está prestes a sair da faixa permitida no transporte e armazenamento da vacina. Assim, o manuseio correto é garantido, e ações corretivas podem ser tomadas a tempo, destacou a empresária.


Radiofrequência não licenciada

Para o envio de dados, o chip IoT da HT Micron usa a rede global Sigfox 0G. Segundo Edelweis, essa rede oferece conectividade de baixo consumo e longo alcance (LPWA) em 72 países no mundo. No Brasil, a rede 0G já cobre mais de 106 milhões de pessoas, incluindo todas as capitais brasileiras, e deve alcançar 150 milhões até o final do ano, projetou.

O sinal de radiofrequência usa a banda não licenciada ISM, cuja cobertura nacional é da responsabilidade da operadora exclusiva WND Brasil. Apontou que, graças ao baixo consumo, a bateria dos dispositivos rastreadores dura por anos e mantém o custo total do equipamento baixo.

A tecnologia System-in-Package (SiP), usada pela HT Micron, permite o desenvolvimento de chips sem a necessidade de altos volumes de produção, com a combinação de componentes já existentes na micro eletrônica, permitindo a redução de custos para o desenvolvedor e o dono da solução IoT.

Na avaliação da empreendera, o chip IoT com Sigfox foi desenvolvido em tempo recorde, contando com a parceria do instituto tecnológico itt Chip da Unisinos.

“Nós fizemos um System-in-Package (SIP) que com uma bateria e uma antena já se comunica com essa rede de radiofrequência. Ele serve para cidades inteligentes, casas e prédios inteligentes. Temos produtos sendo feitos dele no mundo inteiro”, ressaltou Edelweis.


Com informações do Portal TeleSíntese



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