Idosos com 85 anos ou mais poderão ser vacinados contra o coronavírus a partir da semana que vem, em qualquer cidade do Rio Grande do Sul, mesmo que estejam fora do município de domicílio, informou a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, na tarde desta sexta-feira (5).
Uma remessa de 193,2 mil doses da CoronaVac deve ser repassada pelo Ministério da Saúde neste fim de semana, segundo o Palácio Piratini. Destas, 147 mil serão destinadas aos idosos acima de 85 anos, o equivalente a 43% do total de gaúchos nessa faixa etária. O restante deve ser usado para terminar a vacinação de profissionais da saúde.
Arita Bergmann destacou que será possível realizar a vacinação em diferentes cidades, desde que a pessoa tome a segunda dose do mesmo imunizante – ou seja, que não haja cruzamento de CoronaVac com a vacina de Oxford.
A Secretaria Estadual da Saúde (SES) inclusive planeja enviar uma quantidade maior de injeções para o Litoral Norte, uma vez que há grande número de idosos nas praias neste veraneio.
— É possível, sim, fazer a vacinação em uma unidade básica de saúde e depois, em outra. Tendo a carteirinha para verificar a primeira dose, se verifica quando e onde foi aplicada. O único cuidado é ser a mesma vacina — declarou a secretária.
Como o novo lote de vacinas chegará no fim de semana, a SES deve, na segunda-feira (8), repassá-lo às coordenadorias regionais de saúde, responsáveis por enviá-las às prefeituras. A partir daí, caberá aos municípios organizar a vacinação.
Arita ressaltou que as prefeituras conhecem a realidade de sua população e poderão definir se a vacinação ocorrerá em postos de saúde, nas casas dos idosos, em modelo drive-thru, com agendamento prévio ou mediante fila espontânea. Mas a secretária reforça que os municípios devem evitar a aglomeração de pessoas.
Para receber a vacina, o idoso deverá, presencialmente, apresentar o cartão do Sistema Único de Saúde (SUS). Se não tiver, poderá receber a vacina com um documento com CPF. O reforço da CoronaVac é aplicado 28 dias após a primeira dose.
Segundo o Instituto Butantan, produtor da vacina no Brasil, a CoronaVac tem 50,4% de eficácia geral e consegue prevenir os quadros graves do coronavírus.
Ainda não há previsão de quando começará a vacinação de outros grupos prioritários, o que inclui idosos de faixas etárias menos avançadas, pessoas com doenças crônicas e trabalhadores da educação e da segurança.
Segundo o governo do Estado, há 2,1 milhões de pessoas acima de 60 anos no Rio Grande do Sul. A aplicação das doses também depende de Instituto Butantan e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) manterem a produção de vacinas, o que, por sua vez, é afetado pela capacidade do Brasil de importar o ingrediente farmacêutico ativo (IFA) da China.
Com informações da Rádio Gaúcha e GZH
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