Brasil abriu 260 mil vagas de emprego no mês de janeiro, o melhor dos últimos 30 anos

A economia brasileira criou 260.353 empregos com carteira assinada em janeiro, informou o Ministério da Economia. Esse é o melhor resultado para o mês em 30 anos. Até então, a maior geração de empregos formais no mês de janeiro havia sido registrada em 2010 (181.419 vagas). De acordo com os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), em janeiro deste ano foram contratados 1.527.083 trabalhadores formais e demitidos 1.266.730. Portanto, houve 260.353 contratações a mais do que demissões.


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Com o resultado do primeiro mês de 2021, houve recuperação das perdas registradas entre março e junho de 2020, durante a primeira onda da pandemia. No período, o Brasil registrou 1,624 milhão de demissões a mais do que contratações. De julho de 2020 a janeiro de 2021, considerando também o resultado negativo em dezembro (93.726 vagas fechadas), foram abertas 1,654 milhão de vagas com carteira assinada.

Com isso, o Brasil tinha saldo de 39.623.321 empregos com carteira assinada no final de janeiro deste ano. Em fevereiro de 2020, antes do início dos efeitos da pandemia na economia, esse saldo era de 39.593.835 postos.

No Rio Grande do Sul, foram criadas 27,2 mil vagas com carteira assinada em janeiro. No período, foram registradas 110,1 mil contratações e 82,9 mil demissões.

Os dados do Caged consideram apenas os trabalhadores com carteira assinada, ou seja, não inclui os informais.


Atividade econômica

Os números mostram que, no mês de janeiro, todos os grupamentos de atividades econômicas apresentaram saldo positivo, com destaque para o setor da Indústria, com a geração de 90.431 novos postos de trabalho formais.

“Em nível de subclasses, podemos apontar a Confecção de Peças do Vestuário, exceto Roupas Íntimas e as Confeccionadas Sob Medida, com o maior saldo (7.855), a maior parte no Paraná (3.058). A [subclasse] Fabricação de Calçados de Couro registrou o segundo maior saldo (5.762), principalmente na Bahia (1.670) e Rio Grande do Sul (1.658)”, informou o ministério.

Na sequência vem o setor de Serviços que apresentou o segundo melhor saldo, com 83.686 empregos formais. A maioria deles registrado nos grupamentos de Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas”, com 55.896; e Administração Pública, Defesa e Seguridade Social, Educação, Saúde Humana e Serviços Sociais”, com 18.353.

O terceiro maior crescimento do emprego formal ficou com o setor da Construção, com saldo de 43.498 postos de trabalho formais, principalmente na subclasse Construção de Edifícios, com saldo de 16.636 postos. Ainda de acordo com os dados, a Agropecuária também apresentou saldo positivo de 32.986, principalmente nas subclasses Cultivo de Maçã (12.222) e Cultivo de Soja (9.194).

Setor mais atingido pelos efeitos da pandemia do novo coronavírus, o Comércio registrou, em janeiro, um saldo positivo, de 9.848 postos de trabalho. Os destaques ficaram por conta das subclasses Comércio a Varejo de Peças e Acessórios Novos para Veículos Automotores (3.506) e Comércio Varejista de Materiais de Construção em Geral (3.055).


Salário

Para o conjunto do território nacional, o salário médio de admissão em janeiro deste ano foi de R$ 1.760,14. Comparado ao mês anterior, houve aumento real de R$ 20,06 no salário médio de admissão.


Estados

De acordo com o Caged, no mês de janeiro de 2021, apenas três, dos 27 estados não registraram saldos positivos: Alagoas, com menos 198 empregos (-0,06); Paraíba, com menos 174 (-0,04) e Rio de Janeiro, com saldo negativo de 44 empregos (-0,00).

Entre os estados que mais geraram vagas, o destaque fica com São Paulo, com 75.203 novos postos. Santa Catarina, com 32.077, e Rio Grande do Sul, com 27.168, foram outros estados com maior geração de empregos formais.

“Todas as cinco regiões do país tiveram saldo positivo em janeiro de 2021. O Norte, com 6.937 gerou menos empregos enquanto o Sudeste, com 105.747, alcançou o melhor número. Já o Sul foi a região onde todos os estados registraram crescimento parecido, sem grande desequilíbrio”, informou o ministério.


Com informações do site O SUL e Agência Brasil



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