Recado do nosso editor, Renato Martins:
Certamente você, em algum momento desta pandemia, um pouco ansioso, tenso, triste ou simplesmente com a cabeça cheia, recorreu aos fones de ouvido e escutou uma música para se acalmar. Ela pode estar entre os seus discos, no YouTube, ou no rádio do carro, ou ela acabou tocando em algum lugar e lhe deu aquela sensação de alívio. A música transportou a sua mente para algum lugar longe do caos, da tristeza e da depressão que têm sido o último ano. Claro que filmes, livros, boas conversas sobre arte, cultura e coisas simples da vida também ajudam a desopilar. Mas parece que a música é mais imediata, ela aguça nossos sentidos, e através da audição, toca o nosso estado de espírito. Músicas calmas, letras inspiradoras ou melodias de um clássico ou de um instrumental que simplesmente fazem a nossa cabeça descansar.
Sim, todo mundo sabe o benefício terapêutico da música, mas nestes tempos de isolamento e distanciamento ela parece ter sido uma peça chave para confortar e para unir as pessoas. Quantas lives você já não acompanhou, se maravilhando com obras de artistas novos e outros mais veteranos, que parecem ter renascido nesta quarentena? Artistas reclusos em seus estúdios e casas têm reaparecido na mídia justamente para cantar uma canção e passar uma mensagem de esperança.
E se pudermos tocar um instrumento? Bem, aí subiremos um degrau a mais nessa escala de combate à ansiedade. Não foi um ou dois textos que li sobre "como não ficar louco na pandemia" que dizia que tínhamos que fazer atividade física, alimentar-se bem e tentar desenvolver um hobby. Entre eles, a música é dos mais acessados, até porque há milhares de vídeos online ensinando a tocar ou a cantar, falando de música ou motivando crianças e adultos a descobrirem sons e ritmos. Eu mesmo olhei algumas janelas por aí e vi família cantando, dançando e pulando. Ou seja, mais do que apenas ouvir a música, é também importante buscar executá-la, decifrá-la, saboreá-la.
Curiosamente, ao mesmo tempo que a música é remédio, os músicos são os que mais sofrem nestes tempos de coronavírus. Não o Elton John em sua mansão, ou Ed Sheeran compondo em seu estúdio particular. Nem aquele outro em casa de campo, ou isolado numa praia paradisíaca na Polinésia Francesa. Estou falando daqueles músicos da noite, do bar, de gravações, que trabalham com os famosos mas não são famosos, os produtores, técnicos, carregadores e tanta gente que depende do meio musical para sobreviver. É certo que as lives e outros movimentos on-line ajudaram a dar emprego a muita gente. Mas precisamos mais: você pode ajudar um músico ou alguém do showbiz em muitas campanhas que estão rodando por aí pela internet. Mas contratar um professor de música para ensinar um instrumento para alguém de sua família também pode ser um bom gesto. Imagine as crianças, depois das aulas, poderem exercitar um violão, uma flauta ou até mesmo uma bateria, se você não tiver problemas com a vizinhança!
Você ajuda um músico se deixar ele ensinar algum instrumento. Não é caro. E é algo para toda a vida. De quebra, alguém na sua casa, seja adulto ou criança, vai estar fazendo uma terapia para ficar mais feliz e menos ansioso na quarentena. E vai encher o lar de som! E todo mundo vai se beneficiar. Música não tem contra-indicação!
Rede #AtitudePositiva lança playlists especiais para alívio na pandemia
São duas playlists: a "Happy", com músicas mais embaladas, para dançar e pular na sala de casa, e outra "Light", para curtir com mais calma, respirando fundo e se quiser, usando para pegar no sono. Esperamos que gostem! Comentem, nos deem retorno sobre essas nossas "invencionices", pois queremos saber se estamos ajudando. E compartilhem, se puderem!
Experimentem:
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