A primeira Super Lua de 2021 acontece nesta madrugada: entenda o fenômeno

Na noite de segunda (26) para terça-feira (27), você poderá observar o raro fenômeno da superlua, que acontece quando esse satélite natural ocupa a posição de maior proximidade com a Terra – o perigeu.

Apresentando-se aproximadamente 15% maior e com cerca de 30% a mais de luminosidade, o fenômeno torna-se especial quando coincide com a fase cheia, fazendo com que a lua seja percebida com tamanho muito superior ao normal.

Foto Unsplash / Pedro Lastra

O termo Superlua fui utilizado pela primeira vez em 1979 pelo astrólogo americano Richard Nolle, mas o nome oficial do fenômeno na Astronomia é Lua cheia perigeana.

A Lua é o satélite natural da Terra e sua órbita ao redor do planeta não é um círculo perfeito, trata-se de uma trajetória elíptica (oval) que leva em torno de 27 dias para efetuar uma volta completa. Durante esse trajeto, a Lua pode estar mais próxima ou afastada da Terra.

De acordo com a NASA, a lua estará cheia na segunda-feira (26), às 23h32.

Cientificamente, as interpretações sobre o que se qualifica como superlua podem variar, mas geralmente há de duas a quatro luas que atingem o limiar – com base na distância entre a lua e a Terra – em um determinado ano.

Este ciclo de Lua cheia que começa nesta segunda (26) deverá durar cerca de três dias – e deve o nome ao facto de ter um perigeu mais curto que o habitual. O perigeu é o nome dado ao ponto mais próximo de um corpo celeste quando orbita em torno de outro – e é esta proximidade que está na origem da sensação de aumento de dimensão da Lua perante os olhos de quem se encontra na Terra.

Esta superlua de abril será a segunda lua cheia mais próxima do ano, de acordo com o site EarthSky. Em 26 de maio haverá uma outra ocorrência, que ainda terá o atrativo de acontecer durante um eclipse total da própria lua e por isso estará com uma visibilidade mais interessante ainda. Conforme a NASA, a Super Lua de 26 de maio terá um perigeu mais reduzido, que não deverá superar os 157 quilômetros de distância da Terra – e é ligeiramente menor que o perigeu da madrugada desta segunda e terça-feira.

Lua Rosa, a origem 

Embora seja chamada de lua rosa, ela não é realmente de uma cor diferente.

Esta lua recebe o nome das flores rosas do início da primavera da planta Phlox subulata, também chamada de “rosa musgo”, nativa do leste da América do Norte.

Tribos de nativos americanos nos Estados Unidos têm seus próprios nomes para a lua, de acordo com o Planetário da Washington University.

Muitos desses nomes também estão associados aos sinais da primavera, incluindo o derretimento da neve e o retorno dos gansos após sua jornada para o sul no inverno.

A tribo Cherokee da Costa Leste a chama de “kawohni” ou “lua das flores”, e a tribo Creek do Sudeste se refere a ela como “tasahcee-rakko” ou “grande lua primaveril”.

Existem também várias celebrações religiosas que se alinham com esta lua, de acordo com a NASA.

Para os cristãos orientais, esta é a lua cheia antes da Páscoa, chamada de lua pascal. O Cristianismo oriental marca a Páscoa no domingo, 2 de maio. Para os hindus, é Hanuman Jayanti, a celebração do nascimento do Senhor Hanuman. Para os budistas, é Bak Poya, que marca a visita do Buda ao Sri Lanka para resolver uma disputa entre chefes, evitando uma guerra.

Esta lua cheia também está perto do meio do mês sagrado do Ramadã, que os muçulmanos observam em homenagem à revelação do Alcorão.


Condições para observar o fenômeno

O fenômeno poderá ser visto de qualquer lugar do Brasil e do mundo. O melhor horário para apreciá-lo é no início do anoitecer, o que varia de acordo com a cidade. A super lua será melhor observada em regiões afastadas das grandes cidades, longe da poluição e luminosidade, e em locais onde a posição da lua esteja o máximo possível ao horizonte, o que faz com que o satélite pareça ainda maior. O uso de telescópios é indicado para uma observação mais detalhada das montanhas e crateras lunares, mas o fenômeno pode ser perfeitamente percebido a olho nu.

Quanto mais ao leste, mais cedo o satélite natural ficará visível, caso o tempo colabore, informam os especialistas. “Ela estará cheia, oposta ao sol. No fim do dia, ela começará a aparecer no horizonte e poderá ser comparada com prédios, árvores e outros objetos da superfície. Isso provoca uma ilusão no nosso cérebro de que ela aumentou de tamanho”, explica Elismar Lösch, monitor do Observatório Astronômico da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). 

Com informações dos sites Hard Core, UFSC, CNN, Calendarr e Expresso de Portugal




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