RS lidera vacinação contra Covid-19 em todo o país

O Rio Grande do Sul lidera o ranking da vacinação em todo o Brasil, totalizando 19,53% da população imunizada, enquanto o Mato Grosso do Sul ocupa a segunda posição, com 17,21%, o Espírito Santo com 16,66%, São Paulo (16,10%) e Paraíba (15,87%). O levantamento é feito diariamente pelo consórcio dos veículos de imprensa de todo o país, do qual fazem parte o Estado de SP, Folha de SP, G1, O Globo, Extra e UOL. Os gaúchos têm ficado na liderança desta estatística já há várias semanas.

Conforme apontou recente reportagem da revista Veja, a rapidez na distribuição das doses, a coordenação com os municípios, o aumento do número de profissionais – incluindo o uso de aposentados e estudantes da área de saúde –, e os postos móveis de imunização e horários estendidos de atendimento são, segundo avaliação das autoridades locais, algumas das causas que fazem do Rio Grande do Sul o estado que percentualmente mais vacinou a  a população contra a Covid-19 no Brasil. 

Foto de Itamar Aguiar / Palácio Piratini

Segundo a secretária estadual da saúde do estado, Arita Bergmann, a organização da campanha com participação direta dos gestores municipais de saúde e adistribuição rápida são as principais razões para a agilidade do processo. “Não levamos nem 24 horas para distribuir as doses que chegam do Ministério da Saúde. Ou seja, chega ao aeroporto às 6h, no máximo em três horas o nosso centro de distribuição começa a fazer a remessa para os dezoito pontos no interior, por transporte terrestre ou aeronaves. No mesmo dia, a partir do meio-dia, esses pontos já começam a distribuir para os municípios, que vão com muita agilidade também levar aos postos de vacinação”, relata a secretária.

Com 497 municípios, o Rio Grande do Sul tem cerca de 1.800 pontos para imunização. “Outro ponto importante é a capilaridade das redes. Nós temos muitas salas de vacinação e equipes preparadas para fazer a aplicação o mais rápido possível, através de um guia prático que foi passado a eles”, afirma a secretária. A vacinação é feita nos fins de semana, feriados e, em alguns dias, com horários estendidos. O Rio Grande do Sul também recebe o apoio de profissionais aposentados da área da saúde, que podem ajudar na aplicação de doses, e de estudantes de enfermagem. “Há uma mobilização para que tenha um grande número de vacinadores”, destaca Arita.

Outro ponto é a orientação dada pelo Rio Grande do Sul às cidades preencham as informações no Sistema de Imunização Nacional o mais rápido possível para que haja dados reais da vacinação. 


Vacinas para quem tem comorbidade

O lote de vacinas da AstraZeneca que chegou ao RS servirá para vacinar 100% do grupo prioritário dos idosos até 60 anos e deflagrar a fase 1 da imunização das comorbidades. 

Na fase 1 do grupo das comorbidades, serão vacinadas

• pessoas com síndrome de down maiores de 18 anos;

• pessoas com doenças renais que fazem tratamento por diálise maiores de 18 anos;

• gestante e puérperas (passaram há menos de 45 dias pelo parto) e têm alguma comorbidade, maiores de 18 anos;

• pessoas com 54 a 59 anos com comorbidades;

• pessoas com deficiência permanente cadastradas no programa de Benefício de Prestação Continuada (BPC) de 55 a 59 anos.

"Vamos distribuir doses para encerrar toda a faixa etária dos idosos e para vacinar a fase 1 do grupo das comorbidades. Mas cada município pode decidir como proceder, a partir da realidade local. Se quiser terminar a fase dos idosos e depois partir para as comorbidades, pode fazer. Se quiser abrir para todos de forma concomitante, também é possível. O importante é avançarmos na vacinação, que já dá resultados muito animadores", explica Ana Costa, diretora de Atenção Primária e Políticas de Saúde da SES.

Na fase 2 das comorbidades, será aberta a vacinação para pessoas com deficiência permanente cadastradas no BPC e gestantes e puérperas independentemente de condições pré-existentes e divididas por idade, assim como ocorre no grupo dos idosos. Após completar a faixa das pessoas de 55 a 59 anos, começa a aplicação nas pessoas com 50 a 54 anos, depois 45 a 49 anos e assim por diante, até os 18 anos.

As doses de vacina contra a Covid-19 serão distribuídas nesta sexta-feira (30/4) a todas as coordenadorias regionais de saúde (CRS) e municípios próximos da capital. Durante a manhã, deverão retirar por via terrestre na Central Estadual de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos (Ceadi), em Porto Alegre, as seguintes CRS: 1ª (Porto Alegre), 8ª (Cachoeira do Sul), 13ª (Santa Cruz do Sul), 16ª (Lajeado), 18ª (Osório), além da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre.

As cargas da 4ª (Santa Maria) e 10ª (Alegrete) serão levadas à Santa Maria por um veículo do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), com previsão de chegada às 13h. Durante a tarde, poderão retirar suas cargas os municípios Alvorada, Canoas, Esteio, Gravataí, Montenegro, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Sapucaia do Sul, Taquara e Viamão.

Por via aérea, com suporte da Brigada Militar, serão entregues as vacinas da 5ª CRS (Caxias do Sul), por helicóptero, e, por avião, serão levadas as doses da 2ª (Frederico Westphalen), 3ª (Pelotas), 6ª (Passo Fundo), 7ª (Bagé), 9ª (Cruz Alta), 11ª (Erechim), 12ª (Santo Ângelo), 14ª (Santa Rosa), 15ª (Palmeira das Missões) e 17ª (Ijuí). Os pousos estão programados para as cidades de Erechim, Palmeira das Missões, Santo Ângelo, Bagé e Pelotas.

O lote de 7,2 mil vacinas da Coronavac que também chegou nesta quinta-feira (29) ficará armazenado na Ceadi para ser incorporado a uma remessa mais volumosa, que provavelmente chegará na próxima semana.

As 32.750 vacinas da Pfizer que chegarão na segunda (3/5) ou terça-feira (4) ao RS serão destinadas para vacinar idosos e comorbidades da primeira fase na capital.


Com informações da Revista Veja, Consórcio de Imprensa Brasil e Governo do estado RS



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