Análise: primeiros indicadores de 2021 dão sinais otimistas para a economia brasileira

Depois que os balanços do primeiro trimestre das empresas brasileiras surpreenderam (leia aqui) na semana passada, trazendo números positivos e ar otimista para a economia no país, os especialistas começam a apostar em cenários de resultados que começam a desafiar a estagnação causada pela pandemia. O impacto do coronavírus foi menor do que o esperado nestes primeiros meses de 2021 e os  analistas do mercado financeiro começam a revisar para cima as projeções da expansão da economia brasileira.

Uma série de resultados positivos indicaram a resiliência da atividade econômica justamente em meio ao pior momento da crise sanitária. As novas estimativas indicam alta de até 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, amenizando parte das perdas geradas pela queda considerada histórica de 4,1% no ano passado. Os números do setor são ainda mais otimistas do que os divulgados pelo governo federal, que revisou a recuperação da economia para 3,5%. Já as fontes consultadas pelo Banco Central estimam que o PIB vai avançar 3,45%, segundo os dados do Boletim Focus, que reúne a análise das 50 principais instituições financeiras do país.


Geralt/Pixabay


Vários fatores estão contribuindo para essa revisão otimista dos índices: a disparada dos preços de commodities no mercado internacional, a “poupança forçada” das famílias que respeitaram as restrições  (e agora poderão investir no mercado) e a manutenção dos investimentos em setores fundamentais para a economia, como a construção civil. Para a agência XP Investimentos, um das maiores do país, também a capacidade dos setores em se reinventarem após mais de um ano de pandemia é um dos motivos para esta retomada. Para os analistas, algo semelhante pode ter acontecido com as famílias, usando a criatividade e a tecnologia para as suas rotinas de trabalho e transações comerciais, que mantiveram o mercado aquecido, principalmente na virada de 2020 para 2021. 

Mas não é só nas previsões e nos números que as coisas parecem estar indo bem: o Brasil efetivamente tem aberto mais postos de trabalho, com o anúncio de 400 mil carteiras assinadas em fevereiro e mais 184 mil em março, apesar do impacto da pandemia.

Em todos os cenários, porém, a vacinação continua sendo a grande condição de melhora da economia - que só está esperando para crescer mais caso houver maior velocidade na campanha nacional de imunização. O consenso de que teremos uma retomada mais consistente, sobretudo no setor de serviços, continua dependendo do controle da pandemia e de uma vacinação mais acelerada.

Os números oficiais do PIB do primeiro trimestre serão divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) somente em 1º de junho.

Com informações dos sites G1, Jovem Pan e redação #AtitudePositiva



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