Favorecida pelo câmbio e o crescimento da demanda mundial por produtos básicos, como alimentos e minério de ferro, a balança comercial brasileira registrou recordes no saldo e nas exportações em abril.
Segundo o Ministério da Economia, no mês passado, houve um superávit de US$ 10,349 bilhões, o maior valor desde 1989 — há 32 anos —, quando começou a série histórica. Já as vendas externas, de US$ 26,481 bilhões, subiram 50,5% em comparação a abril de 2020 — também o maior da série.
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Como reflexo da recuperação da economia nacional, os gastos no exterior, de US$ 16,132 bilhões, tiveram uma expansão de 41,1%. Com isso, a corrente de comércio, que é a soma de exportações com importações, cresceu 46,8%, atingindo US$ 42,61 bilhões.
Demanda do mercado asiático
No acumulado do ano, o saldo comercial foi positivo em US$ 18,257 bilhões, montante 103,9% superior ao contabilizado no mesmo período do ano passado (US$ 8,955 bilhões).
As exportações somaram US$ 82.130 bilhões no primeiro quadrimestre de 2021 e as importações, US$ 63,873 bilhões.
De acordo com o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Herlon Brandão, produtos como soja, petróleo e minério de ferro tiveram peso significativo nas exportações, graças ao aquecimento de mercado asiático.
As importações, por sua vez, tiveram como destaque bens intermediários, peças e insumos.
— Num momento de recuperação da economia, é natural que haja aquecimento da demanda por bens importados — afirmou Brandão.
No caso do câmbio, quando o real está desvalorizado frente ao dólar, as vendas no exterior, feitas na moeda americana, aumentam a rentabilidade em reais do exportador brasileiro.
Porém, as importações ficam mais caras e isso deve afetar as aquisições de insumos e fertilizantes importados pelos agricultores.
Por mercados de destino, as exportações para a Argentina aumentaram 88,2%, para os Estados Unidos 33,7%, para a China 55,1% e para a União Europeia 37%. O Brasil importou 51,8% a mais da Argentina no mês passado, 16,1% dos EUA, 45,8% da China e 32,2% da União Europeia.
Com informações do jornal o Globo
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