Estudo em Noronha ajudará a avaliar a necessidade de 3ª dose contra Covid-19

Um estudo em Fernando de Noronha vai monitorar o comportamento do coronavírus na população após a vacinação em massa contra a Covid-19.

Em entrevista à emissora CNN, Mozart Sales, especialista da Secretaria Estadual de Saúde, que conduz a pesquisa, explicou que os resultados vão ajudar a determinar a necessidade de uma aplicação de dose de reforço ou uma terceira dose.

Zé Paulo Gasparotto/Unsplah

“Vamos dosar os anticorpos neutralizantes para entender como eles se comportam na população noronhense e monitorar a imunidade celular, isso é importante porque é uma comunidade fechada, mas ao mesmo tempo é exposta pelos turistas do mundo inteiro”, disse.

Segundo ele, o acompanhamento vai verificar como a vacina vai exercer a capacidade de prevenção e proteção: “Vamos comparando os dados de defesa, se há novos casos e como estão se comportando, diria que essa pesquisa será importantíssima para a possibilidade da necessidade da terceira dose.”

Será feita a coleta de sangue de 3.500 pessoas da ilha que foram vacinadas. Três imunizantes foram utilizados: a CoronaVac – em 535 pessoas –, a da AstraZeneca – com 3.200 vacinados – e a da Pfizer – com apenas 49.A previsão de Mozart é de que já em setembro haja dados relevantes do estudo: “Acho que vamos ter algo bem interessante por volta de setembro, com resultados preliminares, mas em janeiro ou fevereiro do ano que vem teremos clareza muito grande.”

Mozart Sales ainda explicou que há um protocolo rígido para a entrada de turistas em Fernando de Noronha. O turista tem de apresentar um teste RT-PCR negativo feito 48 horas antes do embarque ou um teste sorológico de IGG positivo, conhecido como “cura clínica”, de anticorpos contra a Covid-19 até 90 dias da data da coleta.

Também são realizados testes aleatórios em 30% dos turistas para identificar possíveis resultados de falso negativo e, se casos positivos forem identificados, há o rastreamento completo de quem teve contato com a pessoa com Covid-19.

Com informações da CNN Brasil




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