Micro e pequenas empresas geraram 182 mil empregos em maio

As micro e pequenas empresas (MPE) geraram 182 mil novos postos de trabalho em maio deste ano, segundo dados divulgados pelo Sebrae ontem. Trata-se de aumento de 115% na comparação com abril. O levantamento feito com base nos dados do Caged, do Ministério da Economia, aponta que o número é 2,5 vezes maior que o registrado pelas médias e grandes empresas, que criaram 70,9 mil novas vagas.


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No Distrito Federal, foram registradas 2.017 mil novas vagas no mês pesquisado pelo Sebrae. Com esse resultado, o DF totalizou, de janeiro a maio, 12.908 mil postos criados. No Centro-Oeste, o DF ficou em 4º lugar. O estado que teve melhor resultado na região foi Goiás, com um saldo de 9.362 mil vagas. No cenário nacional, São Paulo foi a unidade da Federação que mais criou vagas em números absolutos (50,2 mil), seguido por Minas Gerais (20,7 mil) e Rio de Janeiro (14,4 mil).

Já em uma análise comparativa, levando em consideração a proporção do número de habitantes, o Amazonas assume a liderança, com um saldo de 19,8 empregos a cada mil habitantes. Em seguida vêm o Pará com 15,5; e Piauí, com 14,34. Nesse critério de classificação, o DF caiu seis posições, passando para a 26ª.

Este é o 11º mês consecutivo que as micro e pequenas empresas apresentam um resultado positivo nas contratações no Brasil. “Mesmo com os fortes impactos na queda de faturamento dos pequenos negócios, causada pela pandemia do coronavírus, esse segmento tem sido o responsável pela sustentação do nível de emprego no Brasil. Prova de que devem ser mantidas políticas públicas de incentivo para os pequenos negócios, que são o motor da nossa economia e o caminho para a sua recuperação”, afirmou o presidente do Sebrae, Carlos Melles.

Nos cinco primeiros meses deste ano, as micro e pequenas empresas foram responsáveis por 858.419 novos postos de trabalho, contra 279.195 das médias e grandes. Isso significa que, para cada posto de trabalho gerado por uma média ou grande empresa, as micro e pequenas criam três vagas. A análise mensal feita pelo Sebrae mostra uma ligeira retomada ao patamar de 300 mil contratações por mês, após uma queda no ritmo de novas carteiras de trabalho assinadas, registradas nos meses de março e abril.

Crescimento

Sócia-fundadora e CEO da American Cookies, rede brasiliense especializada no biscoito americano, Francielle Faria conta que, em meio à pandemia, houve um crescimento de 280% somente com o serviço de delivery. A demanda forçou a rede a contratar mais colaboradores. Atualmente, a empresa está com cinco vagas abertas no DF.

Com 14 lojas espalhadas por Brasília e outras oito por outros três estados brasileiros (SP, GO e MG) a franquia deve, em breve, abrir unidades no Rio de Janeiro. “Nossa expansão está em alta. Somente neste primeiro semestre, foram inauguradas mais de 12 operações da marca, entre próprias e franquias. Estamos apostando que o segundo semestre será ainda melhor, com a inauguração de ao menos mais 15 operações da marca. Estamos otimistas e confiantes de que fecharemos o ano de 2021 com 200 contratações e 20 milhões em faturamento”, destacou a empresária.

Superando a crise

Unidades da Federação que mais geraram empregos

1. São Paulo 50.290 vagas

2. Minas Gerais 20.789 vagas

3. Rio de Janeiro 14.442 vagas

4. Paraná 13.285 vagas

5. Santa Catarina 9.997 vagas

6. Goiás 9.362 vagas

7. Bahia 8.624 vagas

8. Rio Grande do Sul 6.663 vagas

9. Mato Grosso 5.668 vagas

10. Pará 5.383 vagas

Desempenho por segmento

Serviços 78,6 mil vagas

Comércio 51,4 mil vagas

Construção Civil 25 mil vagas

Indústria da Transformação 21 mil vagas


Com informações do Sebrae e Correio Braziliense




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