A Exposição de Artesanato do Rio Grande do Sul (Expoargs) se reencontrou com o público após dois anos. Apesar das limitações impostas pelo controle da pandemia, os expositores celebram a retomada do evento em formato presencial. A satisfação é compartilhada pela coordenadora do Programa Gaúcho de Artesanato da Fundação Gaúcha de Trabalho e Ação Social (FGTAS), Luciana Pêss.
Segundo ela, mesmo com as restrições para visitantes e o número menor de artesãos (são 108 utilizando um total de 80 estandes), o primeiro final de semana foi de bom desempenho. “No final de semana inteiro foram vendidas 2.131 peças, o que representou um valor total de R$ 111.731,50”, detalhou. Os números, é claro, estão longe de se igualarem aos de 2019, quando no mesmo período foram comercializados 5.985 produtos, que somaram R$ 302.137,70. Apesar disso, ela destaca a retomada.
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| Fernando Dias/SEAPDR |
Ari Coelho, de Novo Hamburgo, ocupa o estande 66 e comercializa cuias de chimarrão decoradas. Mesmo reconhecendo que as vendas no momento estão menores do que no ano retrasado, ele está animado. “Esperava menos visitantes, mas está bom, estamos conseguindo vender”, disse. Para Leonidas Maurer, de LindolfoCollor, o movimento estava mais devagar no estande 30, onde vende tapetes em couro. Mesmo assim, demonstrava otimismo. “Parou tudo e agora vai recomeçar, é como uma criança aprendendo a andar”, comparou.
Taciane Moro de Souza, de Santa Maria, está no box 26 com produtos de cutelaria. Uma de suas principais atrações é uma faca forjada a partir de uma chave para roda de caminhão. O produto está exposto e chama a atenção dos visitantes pelo tamanho e pelo formato inusitado. “Está só em exposição, mas é claro que se alguém quiser comprar podemos vender”, explicou. Segundo Taciane, por enquanto. O público apenas está conferindo os produtos. “Acho que o início de mês e a pandemia influenciam”, analisou.
Em sua primeira participação na Expoargs, o escultor Rafael Cárdenas exibe no estande 16 suas peças em madeira que foram entalhadas com motosserra. Como seus produtos são para clientes de maior poder aquisitivo, ele explica que seu principal objetivo é expor sua obra e conseguir contatos para vendas futuras. “Estou com expectativas muito boas”, disse.
A porto-alegrense Eliana Muniz estava impressionada com a beleza das peças. Também estava gostando da Expoargs. “Neste ano eles reduziram a quantidade de expositores, mas a seleção está muito boa”, comentou, avisando que pretende comprar algum produto no local. Já Alice Schwerz, de Saudade, Santa Catarina, estava apenas dando uma olhada e ainda não havia decidido se levaria algum produto. “Acho mais bonitas as peças voltadas para o tema do Rio Grande do Sul”, opinou.
Com informações do Correio do Povo
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