Já começou o maior evento mundial desde o início da pandemia: conheça a Expo Dubai

A Expo 2020 abriu as portas nesta semana, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, como o maior evento mundial desde o início da pandemia de Covid-19. O príncipe-herdeiro de Dubai, xeque Mohamed bin Rashid Al Maktum, inaugurou oficialmente o evento de US$ 7 bilhões. Pela primeira vez, uma exposição universal como esta é realizada no Oriente Médio.

Projeções e efeitos luminosos iluminaram a praça Al Wasl, um recinto abobadado futurista, símbolo da arquitetura islâmica. Também houve concertos, entre eles os da famosa diva dos Emirados Ahlam e a cantora britânica Ellie Goulding. O pianista chinês Lang Lang também estava entre os artistas convidados, assim como Andrea Bocelli, que encerrou o espetáculo diante de dirigentes dos Emirados.

Dubai espera quase 25 milhões de visitantes durante os próximos seis meses. Ao contrário do Japão que proibiu a presença de público nos Jogos Olímpicos de Tóquio, Dubai abre suas portas aos turistas estrangeiros, com a condição de que usem máscara e respeitem o distanciamento social.

Todos os visitantes deverão estar vacinados ou, caso não estejam, devem apresentar um teste PCR negativo muito recente.

Reprodução site Expo Dubai


Robô panda e chuva solar

Os Emirados estão entre os países que vacinaram sua população mais rápido, com quase 20 milhões de doses para 10 milhões de habitantes.

A Expo 2020 revela as grandes ambições de Dubai, que acumula recordes para atrair a atenção midiática e principalmente os turistas. Sua torre Burj Khalifa, por exemplo, é a mais alta do mundo, com 828 metros.

Devido ao atraso provocado pela pandemia, o país poderá realizar em 2 de dezembro, em plena Expo 2020, o 50º aniversário de criação desta federação de sete emirados, cuja capital é Abu Dhabi.

Entre as diversas atrações previstas estão os jogadores de basquete Harlem Globetrotters e um robô panda chinês. Os fãs de viagens futuristas poderão subir em uma cabine 'Hyperloop' (que se desloca a grande velocidade em um tubo) e os amantes da história admirarão um antigo sarcófago no pavilhão egípcio.

A China alardeia dispor de um dos maiores pavilhões, em forma de bulbo, enquanto o Marrocos construiu o seu sobre a terra por razões ambientais. Os holandeses contam com uma pirâmide coberta de plantas comestíveis e irrigada por água da chuva solar.

A maioria dos Estados europeus participa deste evento, apesar de o Europarlamento ter pedido boicote "para expressar sua rejeição às violações dos direitos humanos nos Emirados".

As ONGs criticam o país por violar a liberdade de expressão e as condições dos trabalhadores estrangeiros, como aqueles que participaram da construção da área da Expo 2020.

Confira aqui o vídeo institucional do evento


Pavilhão do Brasil na Expo 2020 Dubai

Projetado pelos escritórios JPG.ARQ, MMBB Arquitetos e Ben-Avid, o Pavilhão do Brasil na Expo 2020 Dubai oferece uma experiência sensorial que coloca os visitantes da exposição universal em contato com nossos biomas e patrimônio cultural.

Apoiado sobre pilotis e banhado por um espelho d’água que boa parte dos 4 mil metros quadrados do terreno, o pavilhão brasileiro consiste em uma enorme estrutura tênsil em aço com quatro faces recobertas por uma membrana translúcida leve. Projetores dão vida à biodiversidade do país, mostrando imagens dos nossos patrimônios histórico-culturais, das festas populares, de cidades brasileiras e de fontes de energia renováveis.

Ao pisar no pavilhão, o visitante sente-se em um oásis, imerso no ambiente natural do Brasil, caminhando por paisagens diversas. Experimenta a diversidade gastronômica e cultural através do paladar, dos ritmos, sons, texturas e imagens. Através, também, do design, com o mobiliário desenhado pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha. 

Principal atração do pavilhão, os projetores convertem a membrana translúcida da estrutura de aço em enormes telas, criando uma atmosfera imersiva que apresenta ecossistemas e cidades brasileiras. Em meio ao calor do deserto de Dubai, o espaço oferece sombra durante o dia e se transforma em um cubo flutuante luminoso à noite, uma lanterna atravessada por uma passarela escura feita de concreto preto antiderrapante.

O grande espelho d'água é alimentado pelo reaproveitamento da chuva, filtros de retrolavagem e condensamento do sistema de climatização. De acordo com os arquitetos, um dos maiores desafios foi reter o máximo volume de água da chuva usando as instalações de filtro (tanques de equilíbrio subterrâneos), visando sempre reduzir o consumo.

"O pavilhão apresenta as águas brasileiras, dos seus rios e seus mangues. Nascedouro de toda a fertilidade da vida, patrimônio natural que dá a base para toda a discussão da sustentabilidade no planeta", diz a equipe de projeto.

Além da água de reaproveitamento, as luminárias são todas de LED de baixo consumo. Há, ainda, um sistema BMS (Building Management System) de automação predial para monitoramento e controle do consumo de energia e água. O sistema controla e monitora os equipamentos mecânicos, hidráulicos e elétricos do edifício, como ventilação, iluminação, sistemas de produção de energia térmica, sistemas de prevenção e combate a incêndio e sistemas de segurança, garantindo uma operação inteligente dos sistemas de engenharia do pavilhão.

O projeto do Pavilhão do Brasil foi selecionado por meio de um concurso nacional organizado pela Apex-Brasil, em parceria com o Instituto de Arquitetos do Brasil, cujo resultado fora divulgado em 2018.

Com informações do site G1, do site oficial do evento e Apex-Brasil

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