ARTIGO: "Quanto tempo falta?", por Henry Chmelnitsky, presidente do SINDHA

Todos os sábados publicamos aqui artigos especiais dentro da campanha "A Sociedade e o Pós-Covid". Semanalmente divulgamos as ideias de gestores, autoridades, lideranças, especialistas e pensadores sobre a retomada da economia do RS e do Brasil. Este artigo é do presidente do Sindha - Sindicato de Hospedagem e Alimentação de POA e Região, Henry Chmelnitsky

Quanto tempo falta?

A pandemia nos ensinou sobre paciência e urgência, ao mesmo tempo. Enquanto esperávamos em casa, ela nos mostrou que é urgente fazer as coisas acontecerem. E é isso que o empreendedor precisa lembrar, dia após dia. A diferença é que os últimos tempos colocaram obstáculos inéditos no nosso caminho para tornar a corrida ainda mais difícil.

Caímos e nos levantamos com tamanha velocidade que agora sequer é possível ser saudosista. O presente e o futuro não esperam. Tivemos dias completamente difíceis. Enquanto isso, entrávamos, de domingo a domingo, em inúmeras reuniões para tentar resolver uma equação de equilíbrio entre saúde e economia.

Agora, nos resta redesenhar esse presente e esse futuro. Ainda estamos cambaleantes, é verdade, e é por isso que pedimos por apoios estruturantes que façam a diferença no caixa de cada um. Por outro lado, na nossa própria caminhada, é hora de praticar o conceito do tempo.

É tempo de confiar no seu negócio, na sua produtividade, na sua capacidade de fazer a economia girar. O Cais Embarcadero, por exemplo, nos mostrou que pouco tempo e muita vontade podem fazer da Capital Gaúcha um dos destinos mais bonitos para o turismo no Estado. E quando um de nós, restauranteiro ou restauranteira, se levanta dessa forma e reinventa o conceito de tempo, todos nós levantamos e enchemos os olhos de esperança.

A hotelaria, também se reerguendo, acredita no tempo como um conceito de receber, do maior tempo para contar com hóspedes em suas instalações e, também, do menor tempo possível até voltar a ver o grande movimento das chaves dos quartos entrando e saindo da recepção.

Uma vida feita de tempo, esperança e vontade. Com a segurança de que cada um de nós leva a sério sua responsabilidade individual de fazer com que os ambientes seguros se tornem rotina, é possível voltarmos a redefinir o tempo, frequentando nossos bares e restaurantes favoritos, recebendo amigos e familiares que possam se hospedar na nossa rica hotelaria, e fazendo tudo aquilo que gostaríamos de ter feito enquanto nos perguntávamos, um ano atrás: “quanto tempo falta?”.







Henry Starosta Chmelnitsky é Presidente do Sindha,
Sindicato de Hospedagem e Alimentação de POA e Região.
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oto de Edu Andrade







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