Todos os sábados publicamos aqui artigos especiais dentro da campanha "A Sociedade e o Pós-Covid". Semanalmente divulgamos as ideias de gestores, autoridades, lideranças, especialistas e pensadores sobre a retomada da economia do RS e do Brasil. Este artigo é do presidente da FIERGS, Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul, Gilberto Petry.
Retomada à vista
A tendência de recuperação da economia gaúcha, que vinha sendo antecipada pelos indicadores mensais da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, acaba de receber mais uma sinalização importante através das expectativas das empresas que participaram da Mercopar deste ano, a Feira de Inovação Industrial realizada em Caxias do Sul.
Desde julho, as avaliações da FIERGS mostram o setor fabril operando com crescimento significativo, vencidas as restrições econômicas devido à Covid-19.
Em agosto, o Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS), da entidade, cresceu pelo terceiro mês consecutivo, 1,9% ante julho. O acumulado no período desde junho alcançou 4% de aumento, ficando 7,7% acima do nível anterior à pandemia, em fevereiro de 2020.
Outro dado revelador é a Utilização da Capacidade Instalada (UCI), que chegou a 85% no mês de agosto, atingindo o maior nível nos últimos 11 anos, e 2,2 pontos acima da média histórica mensal.
Já em setembro, uma pesquisa da FIERGS registrou que 64% das indústrias gaúchas estão dispostas a aumentar seus investimentos nos próximos seis meses, o que também é muito relevante.
Agora em outubro, as estimativas de negócios da Mercopar, somando as rodadas presenciais e virtuais, e a previsão de vendas dos expositores, apontam para R$ 224 milhões, volume maior do que o verificado nas edições anteriores da Feira.
O conjunto desses resultados leva a uma visão positiva do ano de 2022 para a economia do Rio Grande do Sul, já que a atividade do setor industrial influencia diretamente o agronegócio e o comércio, atividades que se abastecem dos produtos fornecidos pelas fábricas aqui estabelecidas, que também suprem o mercado exterior com seus manufaturados de classe mundial.
Assim, o próximo ano poderá ser marcado pela transformação das tendências estatísticas em uma realidade promissora. Logicamente, contando que o ano eleitoral não comprometa essa retomada que ora saudamos e que o ritmo das próximas etapas da imunização da população se mantenha acelerado.
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| Foto de Dudu Leal |
Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS)
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