Brasil vive a expectativa de vacinar crianças a partir de cinco anos

Com a certeza de que a redução de mortes e casos por Covid-19 só acontecerá com uma imunização mais abrangente da população de cada país, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) está analisando o pedido oficial do laboratório americano Pfizer para vacinar crianças de cinco a 11 anos no Brasil. Nos Estados Unidos, as crianças já estão recebendo as doses desde o início de novembro, depois da recomendação oficial do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

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A ANVISA tem prazo até o início de dezembro para analisar a documentação da farmacêutica mas como a Pfizer já tem autorização da FDA, a agência sanitária americana, isso pode acelerar o processo. No Brasil, a vacina dos EUA está registrada desde 23 de fevereiro de 2021.

O Ministério da Saúde já negociando a compra de 40 milhões de doses para imunizar esta faixa de idade. As conversas com o laboratório já teriam começado antes mesmo da ANVISA ter iniciado a avaliação para a autorizar o uso do produto. A entrega dos imunizantes, obviamente, está condicionada ao aval do órgão.

O contrato total deve ficar em 100 milhões de novos imunizantes, e a vacinação das crianças começaria em janeiro, podendo ser adiantada para dezembro, caso a Anvisa avalie o assunto até lá. 

A compra precisa ser detalhada porque a dosagem da vacina para esta faixa etária é diferente da destinada a pessoas acima de 12 anos. As 40 milhões de unidades iniciais seriam suficientes para vacinar com duas doses todas as crianças brasileiras, segundo o Ministério da Saúde.

A Anvisa afirma que a avaliação do uso de vacinas na população pediátrica será rigorosa. Em agosto passado, a agência já negou autorização para a aplicação da Coronavac em crianças e adolescentes, a partir de um pedido feito pelo Instituto Butantan, produtor da vacina no Brasil.

Segundo o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, "vale lembrar que o sistema imunológico  das crianças ainda está em fase de maturação, e por isso há todo um cuidado adicional, que nunca será pouco em relação a essa população".

Com informações da CNN, Estado de SP e G1 





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