Comércio de Porto Alegre deverá movimentar R$ 424 milhões com o Natal

De acordo com levantamento realizado pelo Núcleo de Pesquisa do Sindilojas Porto Alegre, o setor varejista deverá injetar cerca de R$ 424 milhões na economia com os presentes de Natal. A sondagem indicou que os consumidores da Capital - público entrevistado -, estão evitando as aglomerações típicas da véspera da data, já que o percentual dos que afirmaram que deixarão para ir às compras um dia antes ou no próprio dia do Natal correspondem a 8,3%. A pesquisa revelou que a maioria das pessoas, 84,6%, pretende antecipar as compras para a celebração, indo às compras com cerca de quinze dias de antecedência. Ainda assim, o Sindilojas Porto Alegre orienta que os lojistas estejam preparados para o aumento do movimento nas lojas durante os próximos dias.

Joel Vargas/PMPA


O tíquete médio apurado pela pesquisa ficou em R$ 172, valor correspondente a 16,5% a mais que o indicado no ano passado, considerando a inflação do período. O levantamento verificou, também, que cada pessoa deverá levar, em média, quatro presentes. Roupas, brinquedos e calçados devem liderar as intenções de compra, que deverão ser destinadas, principalmente, para filhos, pai/mãe, esposo(a)/companheiro(a), netos(as)/bisnetos(as) e namorado(a). Este ano, na lista de quem deverá receber presentes apareceram, ainda, avós, enteados, tios e os bichos de estimação. Outra curiosidade é que a opção almoço/jantar também surgiu na relação de intenção de compra e a preferência por viagem apareceu na lista de presentes que as pessoas gostariam de ganhar.

A pesquisa do Sindilojas POA revelou que a quantidade de pessoas que pretende escolher os presentes impactadas pelo online deverá aumentar de 57,2% no ano passado para 66,8% este ano. Nesse percentual, estão englobadas “pesquisa na internet”, “redes sociais e WhatsApp” e “propagandas na internet”.

Na pergunta relacionada ao local, 26,6% dos entrevistados afirmaram que devem comprar pela internet. O levantamento indicou, ainda, que, no digital, deverá haver aumento nas compras por WhatsApp e pelas demais redes sociais. Sites devem liderar as preferências, com 59,1%, seguidos dos aplicativos de compra, com 50,5%, e do Facebook, com 25,8%.

Questionados sobre como pretendem pagar os presentes, 75,4% disseram que pagarão à vista, sendo 46,6% desse total no dinheiro, 21,7% no débito e 7,1% no PIX. Em 2020, as pessoas que afirmaram que pagariam à vista representaram 68,8% dos respondentes, e o PIX não foi relacionado.

Quanto ao local, no que diz respeito ao comércio físico, as lojas de shopping apresentaram um leve crescimento nas intenções, com 43,7% no ano passado para 46,6% agora. No entanto, as lojas de rua seguem sendo a preferência, apesar de a sondagem ter apontado uma pequena queda, de 64% em 2020 para 57,7% das intenções este ano. A maioria dos porto-alegrenses, 84,3%, pretende dar preferência ao comércio local.

Para 44% dos consumidores as vitrines são importantes na escolha dos presentes que comprarão no Natal. Isso mostra que, mesmo com as pesquisas online, aquele passeio para olhar as lojas ainda pode ser um grande fator para definir vendas.

Perguntados sobre o que ajuda na escolha por determinada loja ou marca, a pesquisa revelou que o preço é fator determinante para a maioria das pessoas, apontado por 63,7% dos entrevistados. A qualidade dos produtos foi fator citado por 56%, e o atendimento qualificado por 38,3%.

Funcionamento do comércio

Na última semana, o Sindilojas divulgou as regras para o comércio para os próximos dias. As empresas do setor podem funcionar com a utilização de mão de obra de seus empregados até às 23h e, excepcionalmente de 17 a 23 de dezembro até às 24h.

Já nos dias 24 e 31 de dezembro, o expediente dos empregados de lojas de shopping, centros comerciais e galerias está limitado às 18h, e dos empregados das demais lojas, localizadas no comércio de rua, às 19h.

Nos dias 25 de dezembro (Natal) e 1º de janeiro, está proibido o trabalho dos empregados, salvo nas empresas que possuem regras específicas em acordo coletivo de trabalho firmado com o sindicato laboral.

Com informações do Jornal do Comércio




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