O bairro Auxiliadora, em Porto Alegre, passou a contar com um sistema de câmeras de vigilância interligado com uma central, que por sua vez envia as imagens diretamente para as forças de segurança pública da cidade, ao ser alertado pelos próprios moradores.
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| João Mattos/Divulgação |
O projeto "Vigilância Colaborativa" foi idealizado pela Associação de Moradores do Auxiliadora, em parceria com uma empresa de soluções para segurança. Segundo o presidente da entidade, João Volino, os testes com as câmeras, instaladas na quadra do bairro formada pelas avenidas Nova York e 24 de outubro, e as ruas Mata Bacelar e Xavier Ferreira, iniciaram em 31 de janeiro.
No último sábado (19), o sistema foi oficialmente apresentado aos moradores, com a presença de autoridades da segurança pública da cidade.
O sistema conta com um equipamento chamado Astro 4.0, composto por uma caixa de metal com duas câmeras de alta resolução e alcance de até 50 metros. As câmeras são acionadas a partir do alerta dos moradores, e captam as imagens. Veja mais detalhes de como funciona o sistema abaixo.
A ideia é cobrir a maior parte possível do bairro. "A carência dos agentes de segurança é em relação às imagens da via pública. Hoje se houver ocorrência de roubo de carro, invasão de condomínio ou vandalismo, no interior dos bairros, os agentes de segurança ficam dependendo da sorte de ter câmera de algum condomínio", lembra Volino.
A câmera foi desenvolvida por uma empresa de segurança, que investiu R$ 50 mil no protótipo e nas primeiras quatro câmeras. A associação espera ter mais 50 câmeras instaladas até o fim de março, e nos próximos meses, avançar até cerca de 200 unidades. "O bairro Auxiliadora vai ter cobertura completa", projeta o presidente.
Os condomínios e comerciantes do bairro serão convocados a colaborar com a instalação das próximas câmeras, segundo Volino. As taxas devem variar de R$ 20 a R$ 30 mensais, incluindo a manutenção dos equipamentos.
Ligação com as polícias
O sistema será acionado a partir do alerta dos moradores, ao notarem a ocorrência de algum ato ilícito nas ruas. O equipamento vai colher as imagens, que serão enviadas diretamente ao 11º Batalhão da Polícia Militar, para atuação ostensiva, assim como à 9ª Delegacia de Polícia Civil, para ação investigativa.
O fluxo de ação do sistema funciona da seguinte forma:
- Alerta da ocorrência (via WhatsApp e à CGO/Central Geral de Operações).
- Astro 4.0 identifica a localização e registro das imagens no bairro.
- Imagens são separadas na CGO e enviadas às autoridades competentes.
Conforme o tenente coronel Luis Felipe Neves Moreira, comandante do 11º Batalhão de Polícia Militar, que atende o bairro Auxiliadora, as ocorrências do bairro têm apresentado queda, mas ainda assustam. Como é uma região alvo de roubos e furtos de carro, acabam trazendo prejuízos de patrimônio aos moradores.
"Entendo isso [a vigilância] como extremamente positivo, essa organização com o intuito de se salvaguardarem, se protegerem", avalia. Segundo ele, as câmeras ajudam na ação das polícias. "Vai facilitar nosso trabalho de prevenção", complementa.
Fonte: site G1
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