Mercado eleva expectativa de alta do PIB para 2022

Após a surpresa positiva com o Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre de 2021 (0,5%), o Relatório de Mercado Focus divulgado na manhã desta segunda-feira (7), pelo Banco Central, trouxe aumento na previsão mediana para a expansão do PIB de 2022, que passou de 0,30% para 0,42%.

Há um mês, a estimativa era de 0,30%. Considerando apenas as 43 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2022 continuou em 0,50%.

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Para 2023, a mediana permaneceu em 1,50%, de 1,53% há quatro semanas. Para 2024, a estimativa seguiu em 2,00%, mesma projeção de quatro semanas atrás. O Relatório Focus ainda trouxe a mediana para 2025, que também continuou em 2%. Há um mês, a estimativa de crescimento do PIB em 2025 já era de 2,00%.

O IPCA teve elevação de 5,60% para 5,65%, de 5,44% há um mês. A meta do BC no ano é de 3,50%, com tolerância de 2,0% a 5,0%. Já a expectativa para o IPCA em 2023 continuou em 3,51%, ainda que acima do centro da meta (3,25%, banda de 1,75% a 4,75%). A mediana era 3,50% há quatro semanas.

A estimativa da Selic se mantém em 12,25% ao ano pela terceira semana consecutiva. Há um mês, era de 11,75%. Já a estimativa do Focus para a taxa Selic no fim de 2023 subiu de 8% para 8,25%, frente a 8% há quatro semanas. Para 2024, avançou de 7,25% para 7,38%, ante 7% de um mês atrás. A previsão para o fim de 2025 continuou em 7%, repetindo a taxa de quatro semanas atrás.

A estimativa para o câmbio este ano cedeu de R$ 5,50 para R$ 5,40, ante R$ 5,60 de quatro semanas atrás. Para 2023, passou de R$ 5,31 para R$ 5,30, ante R$ 5,50 de um mês antes. A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020. Com isso, o BC espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.

O Focus mostrou também nesta segunda-feira que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2022 subiu de 60,50% para 60,65%, ante 61,75% de um mês atrás.

O relatório trouxe ainda alteração na relação entre o déficit primário e o PIB deste ano, de 0,80% para 0,75%. Há um mês, o porcentual estava em 1,00%. Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2022 continuou em 8,00%, ante 8,50% de quatro semanas antes.

Em relação a 2023, a estimativa para a dívida líquida em relação ao PIB seguiu em 63,93%, de 65,22% há um mês. A mediana para o déficit primário continuou em 0,50% do PIB e para o rombo nominal permaneceu em 7,15%. Os porcentuais eram de 0,50% e 7,10% do PIB, respectivamente, há quatro semanas.

O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.

Com informações da Agência Estado



 

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