Intenção de consumo segue avançando e comércio prevê incremento nas vendas

Os indicadores do comércio mostram sinais de recuperação e de que a roda da economia começa, devagar, a girar novamente. O consumidor vai ficando confiante e comprando mais, ou pelo menos planejando adquirir seus bens nos próximos meses. Apesar do poder aquisitivo da população ter baixado bastante durante os dois anos de pandemia e enfrentarmos atualmente o desafio da inflação mundial que aterrisa no Brasil com os seus efeitos, elevando os juros no mercado, a pesquisa Intenção de Consumo das Famílias (ICF) apresentou, neste mês de maio, a quinta alta mensal consecutiva e a mais intensa do ano, com 4,4%. Apesar de ainda estar abaixo do nível de satisfação (100 pontos), registrando 79,5 pontos, o índice apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) alcançou o maior patamar desde maio de 2020, com crescimento de 17,7% na comparação anual.

Reprodução site FDCL RS

Todos os componentes desse índice pesquisado tiveram alta, com destaque para o Emprego Atual, que registrou a maior pontuação, 105,8, com variação mensal positiva de 4,1%. O presidente da CNC, José Roberto Tadros, lembra que dados têm apontado geração líquida contínua de vagas no mercado de trabalho, o que ocasiona esse resultado. “Desde agosto do ano passado, as famílias vêm se sentindo cada vez mais seguras nos seus empregos e têm percebido melhora em seus rendimentos, devido ao crescimento das contratações no mercado de trabalho formal”.

Isso pode ser percebido pelo aumento de famílias que consideraram a renda melhor do que há um ano, atingindo 24,5%, a maior proporção desde maio de 2020 (28,6%). Contudo, mesmo com melhor percepção sobre o nível de emprego, a análise indica cautela quanto à perspectiva de consumo no curto prazo, com aumento de 47,8% para 48,0% da parcela de famílias que pretendem reduzir suas compras nos próximos três meses.

Isso é ótimo na retomada econômica nesse fim de pandemia, mas também demonstra uma recuperação dos consumidores como cidadãos, registrando um poder maior de compra, de realizar seus sonhos e poder renovar pequenas coisas em seu vestuário, sua casa ou em artigos pessoais e familiares. Para nós, da Rede #AtitudePositiva, esses números refletem sim um maior giro na economia, mas fundalmentalmente trazem também sinais de recuperação emocional de uma população castigada pela crise, que busca incansavelmente voltar aos seus patamares de emprego, renda e poder aquisitivo.

Aumentos nos dois grupos de renda

No recorte por renda, as famílias que ganham até dez salários mínimos apresentaram aumento mensal de 4,8% na intenção de consumo, registrando 76,3 pontos, enquanto entre as que ganham acima de dez salários o crescimento foi de 2,8%, alcançando 94,8 pontos. Na comparação com maio de 2021, os dois grupos apresentaram incremento de 18,5% e 15,3%, respectivamente.

A economista da CNC responsável pela pesquisa, Catarina Carneiro da Silva, alerta, no entanto, que ambos os índices se encontraram abaixo do nível de satisfação, com destaque para as famílias de menor renda, por conta do maior impacto, das altas de preço de itens básicos em seus orçamentos.  “Os números, contudo, revelam que a parcela da população com ganhos inferiores possui maior expectativa sobre a desaceleração da inflação nos próximos meses”, observa.

Comércio do RS prevê boas vendas com a chegada do inverno

Após dois anos enfrentando diversas restrições nos meses mais frios, o comércio do Rio Grande do Sul aguarda com grande expectativa a chegada do inverno neste 2022. A retomada de uma série de atividades presenciais, que demandam a renovação do guarda-roupa das pessoas, somada à projeção de dias com temperaturas muito baixas em junho, julho e agosto, devem alavancar as vendas de artigos como roupas, calçados e acessórios neste período.

A Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul – FCDL-RS entende que a estação que começa no dia 21 de junho pode gerar um forte incremento do volume de vendas deste segmento, chegando próximo e até mesmo superando o montante de R$ 1 bilhão.

– Depois de invernos atípicos em 2020 e 2021, quando a maior parte da população ficou em casa e os eventos presenciais não estavam acontecendo, neste ano a retomada das atividades vai demandar a busca pelos produtos que nos aquecem. E não são apenas agasalhos mais quentes que estão na pauta dos consumidores. Fogões a lenha, aquecedores e estufas portáteis, também devem ter boa procura neste período – avalia o presidente da FCDL-RS, Vitor Augusto Koch.

Para o dirigente, o inverno 2022 é mais uma oportunidade do comércio gaúcho retomar o crescimento das vendas, especialmente o segmento de vestuário, que sofreu muito com as restrições impostas nos dois últimos anos nesta época.

– Pelo maior rigor do nosso inverno e as inúmeras opções de roupas, calçados e acessórios oferecidas nas lojas, nós entendemos que junho, julho e agosto vão ser meses de ótimas vendas. Será o momento dos lojistas realizarem ações que beneficiem o consumidor, com promoções atraentes que possam englobar preços e prazos acessíveis, a fim de gerar uma experiência de compra única e personalizada – ressalta Vitor Augusto Koch.

Com informações da CNC e FCDL RS


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