Faturamento do setor eletroeletrônico gaúcho chega a R$ 11,8 bilhões em 2021

O setor eletroeletrônico do Rio Grande do Sul apresentou em 2021 um crescimento no faturamento nominal somando um total de R$ 11,8 bilhões, o que representou uma alta de 21,3% em relação a 2020 (R$ 9,766 bilhões) acompanhado o índice de crescimento nacional do setor. Os segmentos de componentes elétricos e eletrônicos e de equipamentos industriais foram os que mais faturaram em 2021. Os dados foram apresentados pelo gestor de projetos da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Antônio Costa Sobrinho, durante reunião-almoço nesta terça-feira (11) da entidade no Ritter Hotel.


Divulgação

A pesquisa foi realizada com 258 empresas do setor em dez áreas setoriais de 34 municípios do Estado. Segundo Sobrinho, os dados foram levantados nas áreas de automação industrial; equipamentos industriais; informática; serviço de manufatura em eletrônica; telecomunicações; componentes elétricos e eletrônicos; geração, transmissão e distribuição; material elétrico de instalação; utilidades domésticas e sistemas eletroeletrônicos prediais.

De acordo com o gestor de projetos da Abinee, o número de funcionários empregados no setor apresentou uma discreta melhora em relação a 2020. O total de 19.173 trabalhadores representa pouco mais de 3% de crescimento em relação ao ano anterior. O segmento de material elétrico de instalação foi o que mais gerou postos de trabalho - 388 novos funcionários. "A automação industrial se manteve como maior empregador com 4.800 funcionários o que evidencia a vocação que o segmento representa no Estado", destacou. Por outro lado, o segmento de geração, transmissão e distribuição (GTD) apresentou retração no número de empregados pelo terceiro ano consecutivo - a maior desta edição com queda de 15% em relação a 2020.

No comércio internacional, o setor gaúcho fechou 2021 com US$ 193,7 milhões em exportações, o que resultou em um crescimento de 12,2%, basicamente recuperando a retração apresentada em 2020. O segmento de componentes elétricos e eletrônicos se manteve à frente dentre os que mais exportaram com US$ 98 milhões enquanto que o setor de telecomunicações fechou o ano com o maior crescimento na comparação com 2020, com 84% superior.

O diretor regional da Abinee, Régis Haubert, ressaltou que o setor continua confiante, mas com otimismo moderado. O cenário de incertezas é causados por fatores internos - crescimento modesto do PIB, elevação da inflação e a Taxa Selic e incertezas políticas em função do ano eleitoral. Com relação aos fatores externos, Haubert destacou a falta de semicondutores, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia e novas variantes da pandemia da Covid 19.

Leia a notícia original no site do Jornal do Comércio

Comentários