Música nova de Beyoncé detalha burnout e vira hino de movimento de demissões nos EUA

A cantora Beyoncé lançou sua nova música na última semana, "Break my Soul".  Rapidamente, a canção se tornou o hino da "Great Resignation", movimento massivo de pedidos de demissão que tem acontecido nos Estados Unidos e diversas outras partes do mundo nos últimos tempos. A música também tem sido apontada como uma descrição detalhada do burnout, síndrome de esgotamento pelo excesso de trabalho que ganhou força nas discussões durante a pandemia.


Reprodução Instagram Beyoncé


Na música, a estrela pop entoa versos como “Eu acabei de sair do meu emprego, e vou encontrar um novo lugar / Eles me fizeram trabalhar duro, entrando às 9h e saindo depois das 5h / Forçando meus nervos / É por isso que eu não durmo à noite.” A música ainda segue pedindo para que as pessoas “liberem sua raiva / liberem sua mente / se libertem de seu trabalho e liberem seu tempo”.

Mas se até a Beyoncé, que é dona de seus negócios e aparenta ter total domínio sobre sua agenda, está esgotada, como isso não chegaria aos demais líderes? Um estudo recente da Deloitte e do grupo de pesquisa Workplace Intelligence identificou que, sim, os chefes estão esgotados também.

A pesquisa foi realizada em fevereiro e ouviu 2,1 mil executivos nos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e Austrália. Os resultados foram divulgados agora, e compartilhados em uma reportagem na Inc.

Segundo o estudo, 76% dos chefes acreditam que a pandemia afetou negativamente a saúde mental, e 80% acreditam que melhorar seu próprio equilíbrio é mais importante do que avançar na carreira agora. Quatro em cada cinco líderes estão dispostos a sacrificar algum avanço na carreira para ter mais bem-estar no momento, no entanto, 74% têm tido dificuldade de encontrar momentos para isso.

Diante desse cenário, os líderes afirmam que estão, ao menos, tentando se ajustar para oferecer melhores condições. Oitenta e três por cento dos entrevistados disseram que pretendem expandir os benefícios de bem-estar de sua empresa. Parcelas menores, inclusive, já estão tomando atitudes concretas, como proibição de e-mails fora do expediente (20%), obrigatoriedade de intervalos (35%) e incentivo a folgas (35%). Mas apenas 29% estão dando o exemplo, tirando uma folga por semana.

De acordo com a colunista da Inc., Jessica Stillman, a lição mais básica a se tirar do estudo (e da música) é que os empreendedores não estão sozinhos. "Se mesmo figuras como Beyoncé estão pensando em dar um passo para trás e reavaliar, você certamente não é fraco por pensar a mesma coisa. Talvez seja hora de ir além de reclamar com os pesquisadores e ser tão exigente consigo mesmo, para realmente fazer algumas mudanças", escreve.

Leia a notícia original na PEGN



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