Construção registra maior criação de vagas com carteira no RS em três anos

Terceiro com maior geração de emprego no Rio Grande do Sul no primeiro semestre, o setor de construção também atingiu patamar recorde no saldo positivo entre contratações e demissões. De janeiro a junho, esse ramo criou 6,5 mil postos com carteira assinada no Estado. Esse é o maior nível nos últimos três anos. 


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Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência. Esse segmento da economia ficou atrás apenas de indústria e serviços e desbancou o comércio na geração de vagas no mercado formal na primeira metade do ano. 

Em 2020, ano marcado pela chegada do coronavírus no país, a construção fechou 4,4 mil vagas no Estado. No ano seguinte, o setor voltou a registrar saldo positivo, mas abaixo do acumulado dos primeiros seis meses deste ano (veja gráfico abaixo). Esse recorte de tempo leva em conta o período de 2020 a 2022, que reúne dados do Novo Caged. Antes de 2020, o Caged utilizava metodologia diferente para divulgar dados do emprego formal, por isso, segundo analistas, não é recomendável a comparação dos dados atuais com a série histórica anterior.

O professor Alberto Ajzental, coordenador do curso de Negócios Imobiliários da Fundação Getulio Vargas (FGV), afirma que esse crescimento nas contratações está ligado ao ciclo de obras. Empreendimentos que começaram a ser construídos nos últimos anos — em época ainda com juros baixos na economia — estão em fase de finalização. Esse período demanda mão de obra em volume maior do que períodos iniciais nos canteiros, segundo Ajzental. 

— Depois que a alvenaria e estrutura estão prontas, você abre muita frente dentro da obra. Abre espaço para elétrica, instalações hidráulicas, pisos, acabamento. As obras que estão empregando pessoas no primeiro semestre são aquelas que começaram há cerca de dois anos — afirma o especialista. 

Os dados por segmentos dentro do setor corroboram a avaliação do professor da FGV. O ramo de serviços especializados para construção apresenta o maior saldo na geração de emprego dentro da construção, com 3,5 mil novos postos. Esse grupo engloba alguns serviços, como instalações elétricas e hidráulicas e obras de acabamento.

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