Segundo maior grupo ocupacional do país, composto por 5,7 milhões de brasileiras - quase todas mulheres e com maioria negra - segundo o IBGE, as trabalhadoras domésticas foram uma das categorias mais vulneráveis à crise da covid-19. Enfrentaram, de um lado, desemprego e redução de salário,e, de outro, acúmulo de funções e exposição ao vírus na casa de patrões. Leomar Maria Gomes, 61, moradora de Camaragibe (PE), atua como doméstica há oito anos e ficou sem trabalho em 2020. Felizmente, ela tinha se associado alguns anos antes ao Sindicato das Trabalhadoras Domésticas de Pernambuco: "Fui muito bem acolhida, eu estava no fundo do poço e saí. Direitos que eu nem sabia que existiam eu aprendi ali. Depois veio esse [programa] da Veja ajudando as trabalhadoras domésticas e foi muito bom", disse a Ecoa.
 |
| Divulgação |
Leomar se refere ao programa Veja com o Coração, iniciado em 2020 pela marca brasileira de produtos de limpeza Veja em parceria com a ONG Themis, que atua nas áreas de gênero, justiça e direitos humanos, e a Fenatrad (Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas). Entre 2020 e 2021, o programa beneficiou diretamente mais de 1.700 trabalhadoras domésticas com doações de vale alimentação, créditos de celular para acessibilidade digital e formações sócio-profissionalizante, de direitos humanos e trabalhistas.
Depois do curso, que incluiu um módulo sobre cuidados básicos com crianças e idosos, Leomar conseguiu uma recolocação profissional: hoje trabalha como cuidadora de um senhor de idade em Recife. "Levei meu certificado plastificadinho na minha bolsa e mostrei para a filha dele, que é médica. Esse curso fez toda a diferença na minha vida", contou.
Comentários